domingo, 3 de março de 2013

NO ORIENTE MÉDIO, UMA GUERRA QUE NÃO HOUVE! EM 1968...




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A Guerra de Desgaste entre Israel e Egito foi centrada em sua grande parte no Canal de Suez.



1968 começou em clima de alta tensão no Oriente Médio. Um ano antes, Israel tinha feito uma ofensiva arrasadora, que ficou conhecida como Guerra dos Seis Dias. A alegação foi a necessidade de se defender preventivamente contra possíveis ações de países árabes, que teve como consequência mais destacada a reunificação de Jerusalém sob autoridade dos israelenses.

A Guerra dos Seis Dias chocou o mundo pela rapidez e força demonstrada por Israel. E não poderia de deixar consequências, ainda mais em um ano como 1968. Assim, em setembro do ano em que "tudo aconteceu", o Egito começou o que ficou conhecido como "guerra de desgaste", com ataques esporádicos aos israelenses nas proximidades do Canal de Suez, que tinha forte presença de Israel principalmente a partir da guerra de 1967. Resultado: os ataques esporádicos transformaram-se, em 1968, em lutas constantes que causaram várias baixas dos dois lados.

O conflito perdurou até 1970,  quando Israel e Egito optaram por um cessar-fogo. Na prática, a Guerra de Desgaste mostrou-se uma matança sem resultado prático: as fronteiras, depois de quase três anos de batalhas e centenas de mortes, ficaram as mesmas de quando os conflitos começaram e não houve avanço nas negociações de paz.

A Guerra do Desgaste foi, assim, muito mais uma demonstração de força dos dois lados, em que o Egito procurou mostrar que não aceitaria passivamente a ofensiva de Israel em 1967, enquanto Israel firmava posição na região. Foi uma "guerra que não houve" -- muitos morreram, dias e dias de conversação aconteceram e o resultado prático foi 1968.

Parece non-sense, não é. Mas foi a cara de 1968!








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