segunda-feira, 25 de março de 2013

1968 também abala a Espanha. E Franco começa a cair...




Francisco Franco também não resistiu a 1968.




Francisco Franco governou a Espanha com mão de ferro durante 36 anos (de 1939 a 1975). Mas nem ele escapou de 1968, o ano em que tudo aconteceu.
Franco contava já quase 30 anos no poder quando, em 1968, teve que tomar uma decisão a contragosto: aceitou a independência da Guiné Equatorial, que há anos estava sob o domínio da Espanha. A decisão significou que Franco teve que ceder à pressão das Nações Unidas, que praticamente obrigou-o a tomar a atitude.
Foi um fato que surpreendeu, partindo de um ditador que até então não admitia pressões e que tomava suas decisões sem dar satisfações. Na época, comentou-se que “Franco piscou” – ou seja, fraquejou. Como se não bastasse, no mesmo ano ele teve que encarar greves na Espanha, o que era impensável em um regime que se notabilizou pelo uso da força contra manifestações sociais.
Mas em 1968 tudo podia acontecer. E a partir daí, Franco mostrou que estava perdendo prestígio e poder. Em 1969 ele anunciou o princípe Juan Carlos de Borbón como seu sucessor, ou seja, admitiu que não só deixaria o poder, como também que já havia substituto para seu cargo. Passaram-se mais cinco anos e ele renunciou como primeiro-ministro, mantendo-se como chefe militar. E em 1975, Franco morreu, doente e com muito menos poder do que já tivera.
Ninguém resistiu a 1968. Nem Francisco Franco!

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