Como vimos em um post anterior deste blog, "2001 - Uma Odisseia no Espaço" foi um filme único, instigante, como nunca tinha se visto antes e nem se viu depois. E com tudo isso, só poderia ter sido lançado em 1968.
Nesse filme extraordinário, uma sequência foi especialmente extraodinária. A cena ficou conhecida como "o corte de um milhão de anos". É difícil descrever essa cena, mas vamos tentar a seguir.
No final da primeira das três partes do filme, dá-se a passagem do "homem-macaco" para uma viagem espacial. Essa primeira fase mostra o homem em seu estágio ainda parcialmente macaco, a princípio indefeso, que após ter contato com o "monolito negro" (presente em todo o filme), tornou-se mais atento às possibilidades do uso de armas. A primeira "arma" descoberta por esse humanóide foi o osso.
Pois bem, no final da primeira parte do filme um dos humanóides utiliza o osso para matar e, em êxtase com a descoberta, ao final atira esse osso para o céu. É nessa cena que se dá o "corte de um milhão de anos". A câmera foca nesse osso que foi lançado ao ar e, em um corte da edição, o osso se transforma em uma nave espacial, que flutua no céu "um milhão de anos depois".
A descrição da cena nunca vai alcançar um milésimo de seu impacto quando assistida no filme. Mas a cena é espetacular.
Um "corte de um milhão de anos". Só podia ser em um filme lançado em 1968. Quando mais isso poderia ter acontecido?
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