Em abril de 1968 (e poderia ser em outro ano?), a Universidade de Columbia, uma das mais tradicionais dos Estados Unidos, viveu uma convulsão: os estudantes iniciaram no final daquele mês protestos que incluíram a ocupação de prédios da escola e choques com a polícia.
Os protestos eram contra quase tudo: a política educacional de Columbia, considerada exageradamente fechada pelos estudantes, o racismo, a guerra do Vietnã...
A polícia usou mais de mil homens na tentativa de deter os protestos. Os choques com os estudantes foi inevitável e a transmissão desses confrontos chocou a opinião pública norte-americana.
No final daquele mês de abril, os prédios foram desocupados e tudo voltou ao "normal". Ou quase. Columbia nunca mais foi a mesma -- criou-se um Conselho com a participação dos alunos que passou a fazer mudanças que liberalizaram o ensino e a restrição à movimentação dos estudantes.
Na outra ponta, caiu muito o volume de doações à Universidade, com o susto que os protestos causaram a empresas e entidades mantenedoras. E as até então fortes relações com o Exército americano praticamente deixaram de existir.
O movimento foi reproduzido em várias outras universidades americanas e ganhou as ruas. Foi a semente de protestos cada vez maiores que marcaram aquele ano, e que culminaram em marchas contra a guerra do Vietnã. E com o fortalecimento do "Flower Power", o movimento hippie.
Foi um fato e tanto, que marcou a História americana. E que só poderia ter acontecido mesmo em 1968...
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