sexta-feira, 27 de julho de 2012

1968 - E nem a China escapou...


1968  foi tão impactante e abrangente que nem a China escapou. Foi em 68 que Mao Tsétung, o líder da revolução que levou os comunistas ao poder no país em 1949, consolidou seu poder, tornando-se o comandante depois de um processo de expurgo que tinha começado em 1966.

Para vencer seus opositores dentro do Partido Comunista Chinês, Mao arrebanhou milhões de jovens para o que ele chamou de Revolução Cultural. O resultado foi o afastamento, muitas vezes violentos, de todas as alas que se opunham a Mao no PCC, tanto os “direitistas” quanto os “ultra-esquerdistas”.

Os jovens adotaram com entusiasmo a “cartilha” de Mao, conhecida como Livro Vermelho, que defendia o socialismo e exigia fidelidade ao governante.  Formaram-se os “comitês revolucionários”, formados por camponeses, estudantes, militares e agricultores) que tomavam o poder nas províncias mesmo que fosse à força, muitas vezes condenando (e executando) os que eram considerados opositores a Mao.Com a Revolução Cultural, a China fechou-se completamente ao Ocidente. Qualquer suspeito de ser contrário a Mao era condenado pelo movimento muitas vezes com a morte.

O auge das ações dos comitês revolucionários aconteceu em 1968. Os expurgos, além de significar punição aos “inimigos”, muitas vezes levavam os acusados às ruas carregando cartazes com frases humilhantes. Muitos deles foram também linchados em praça público.

Com todas essas ações, Mao tornou-se um “deus” na China: passou a ser considerado não só o comandante da “verdadeira” revolução, como também um guia para quem quisesse alcançar a felicidade pessoal.  Esse status se manteve por oito anos, quando Mao morreu. A partir daí houve uma gradual abertura, com o país se abrindo principalmente do ponto de vista comercial para o Ocidente.

Mas 1968 marcou também a China. E como haveria de ser diferente?

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