sexta-feira, 27 de julho de 2012

1968 - Neither China was out...


he Chinese Cultural Revolution started in May 1966, with the movement of Mao Zedong, chairman of the Communist Party, to enforce the socialism. Using workers, students and some people from the Army, Mao started to combat its enemies inside the Party and for this created the Red Guard factions, that used the force and a lot of manifestations to end all movements (real or not), including execution of the “enemies”.

In 1968, the movement showed a complete victory of Mao. He became at that year to be considered as a “god”, the only real leader, the man who not only saved China but also was responsible for happiness of the Chinese people. Based on this position, Mao launched a movement which during ten year sent intellectuals who lived in cities were ordered to go to the countryside. “Intellectuals” was then the denomination to refer to recently graduated students from middle schools.

In October, Mao began to purge considered officials disloyal to him. They were also sent to the countryside to work in labor camps. In the same month, at the 12th Plenum of the 8th Party Congress, Liu Shaoqi was "forever expelled from the Party.

The Red Guard, like the students in Paris in May 68, created slogans, some of them violent like: “Long live to the red terros”, “Strike the enemy down on the floor and step on him with a foot” and “Those who are against Chairman Mao will have their dog skulls smashed in pieces”. The authority of the Guard was superior than that of the Army, local police authorities and even the law. The milenar Chinese arts were publicly attacked.

All this movement resulted in a total isolation of China from the rest of the world. It just started to change in 1972, when Mao met Richard Nixon in Chinese territory.

So, 1968 was a different year all over the world. Even in China.

1968 - E nem a China escapou...


1968  foi tão impactante e abrangente que nem a China escapou. Foi em 68 que Mao Tsétung, o líder da revolução que levou os comunistas ao poder no país em 1949, consolidou seu poder, tornando-se o comandante depois de um processo de expurgo que tinha começado em 1966.

Para vencer seus opositores dentro do Partido Comunista Chinês, Mao arrebanhou milhões de jovens para o que ele chamou de Revolução Cultural. O resultado foi o afastamento, muitas vezes violentos, de todas as alas que se opunham a Mao no PCC, tanto os “direitistas” quanto os “ultra-esquerdistas”.

Os jovens adotaram com entusiasmo a “cartilha” de Mao, conhecida como Livro Vermelho, que defendia o socialismo e exigia fidelidade ao governante.  Formaram-se os “comitês revolucionários”, formados por camponeses, estudantes, militares e agricultores) que tomavam o poder nas províncias mesmo que fosse à força, muitas vezes condenando (e executando) os que eram considerados opositores a Mao.Com a Revolução Cultural, a China fechou-se completamente ao Ocidente. Qualquer suspeito de ser contrário a Mao era condenado pelo movimento muitas vezes com a morte.

O auge das ações dos comitês revolucionários aconteceu em 1968. Os expurgos, além de significar punição aos “inimigos”, muitas vezes levavam os acusados às ruas carregando cartazes com frases humilhantes. Muitos deles foram também linchados em praça público.

Com todas essas ações, Mao tornou-se um “deus” na China: passou a ser considerado não só o comandante da “verdadeira” revolução, como também um guia para quem quisesse alcançar a felicidade pessoal.  Esse status se manteve por oito anos, quando Mao morreu. A partir daí houve uma gradual abertura, com o país se abrindo principalmente do ponto de vista comercial para o Ocidente.

Mas 1968 marcou também a China. E como haveria de ser diferente?

quarta-feira, 25 de julho de 2012

1968 - Estudantes tomam prédios na Universidade de Columbia. E mudam a educação nos EUA!

Em abril de 1968 (e poderia ser em outro ano?), a Universidade de Columbia, uma das mais tradicionais dos Estados Unidos, viveu uma convulsão: os estudantes iniciaram  no final daquele mês protestos que incluíram a ocupação de prédios da escola e choques com a polícia.

Os protestos eram contra quase tudo: a política educacional de Columbia, considerada exageradamente fechada pelos estudantes, o racismo, a guerra do Vietnã...

A polícia usou mais de mil homens na tentativa de deter os protestos. Os choques com os estudantes foi inevitável e a transmissão desses confrontos chocou  a opinião pública norte-americana.

No final daquele mês de abril, os prédios foram desocupados e  tudo voltou ao "normal". Ou quase. Columbia nunca mais foi a mesma -- criou-se um Conselho com a participação dos alunos que passou a fazer mudanças que liberalizaram o ensino e a restrição à movimentação dos estudantes.

Na outra ponta, caiu muito o volume de doações à Universidade, com o susto que os protestos causaram a empresas e entidades mantenedoras. E as até então fortes relações com o Exército americano praticamente deixaram de existir.

O movimento foi reproduzido em várias outras universidades americanas e ganhou as ruas. Foi a semente de protestos cada vez maiores que marcaram aquele ano, e que culminaram em marchas contra a guerra do Vietnã. E com o fortalecimento do "Flower Power", o movimento hippie.

Foi um fato e tanto, que marcou a História americana. E que só poderia ter acontecido mesmo em 1968...

1968 - Protests in Columbia change the American university! For ever!


It was the end of April (1968, you bet) when the traditional Columbia University, one of the most famous in the world, was shut down by student protests.  It started in April 23, with a invasion of a university building, and remained till April 27. In these six days of disorders one thousand policemen invaded the campus to try to remove the students from five Columbia buildings.


The protests spread for many other American universities, with students demanding new structure for the schools, the end of Vietna war, the racism and liberation as a whole, among other things.


After the presence of the police and a lot of shocks, the movement stopped in Columbia. But the university was never the same.


Columbia became more liberal, with the creation of a “University Senate”, a council with representation of the administration and of students. This entity changed Columbia creating a dialogue between students and authorities.


On the other hand the donation support declined a lot in the following years. And the relationship with the US Army were never the same as well.


America had never seen such a protest in a University. But we were in 1968, remember?

segunda-feira, 23 de julho de 2012

1968 - In Olympics a Czech woman becomes a symbol of resistance to Soviet power




The protest of  the American athletes Tommie Smith and John Carlos in Olympics 1968, in Mexico City, was not the only politic landmark of that competition.

There was also Vera Caslavska, the Czech gymnast that were at that time a winner but became the most popular athlete of that Olympics as a result of her political attitude.

In June 1968, during the Spring of Prague (movement that tried to implement some democracy for Czechs), Vera signed a manifest pro democracy in her country. But two months later Soviet Union troops invaded Prague and with tanks tried to smash the democratic movement. And Vera decided to run away to the mountains.

She tried to disappear but was back weeks before the Olympics. And was brilliant as she used to be and got six medals. There were applauses in every of her presentations even before the proves.

Despite all her success in Mexico, Vera became a persona non grata by the Czech new regime. She was forced into retirement and was not allowed to travel or attend sporting events.

The situation of Vera improved just after 1989, when the Soviet empire ruined.

But she has become an endless symbol of 1968, with the support she received from Mexicans and from citizens of other countries. It was unusual to an athlete to do this. But we were in 1968, remember?

Ficheiro:Bundesarchiv Bild 183-F0528-0048-001, Amsterdam, Turn-EM der Frauen, Zuchold, Caslavska, Janz.jpg

Vera, the number one. Always.

1968 - Nas Olimpíadas, uma tcheca brilha mais do que todos os outros atletas!




O protesto dos americanos Tommi Smith e John Carlos ao receberem suas medalhas nas Olimpíadas de 1968 (sobre o qual falamos em post anterior) não foi  a única manifestação política que agitou os Jogos daquele ano mágico.

Também houve o caso da ginasta tcheca Vera Caslavska, que competiu em ginástica artística. Já famosa na época, Vera foi a atleta individual mais aplaudida dos Jogos do México.

A história dela é digna de 1968. Naquele ano, como se recorda, aconteceu a Primavera de Praga, uma tentativa do governo tcheco de implantar princípios democráticos no país, algo impensável para uma nação que era satélite da União Soviética. Em agosto de 1968, tropas soviéticas invadiram a Tchecoslováquia para reprimir à força dos tanques de guerra o movimento.

Dois meses antes, a já consagrada Vera assinou um documento favorável à rapida implantação da democracia em seu país. Resultado: com a invasão soviética, Vera Caslavska refugiou-se em região montanhosa da então Tchecoslovária e só recebeu permissão para participar das Olimpíadas a poucas semanas da abertura dos Jogos.

Desde de sua primeira participação naqueles jogos, Vera foi aplaudida, e não só por seu desempenho esportivo. Ela conquistou todas as seis medalhas que disputou, das quais quadro de ouro.  O público foi ao delírio e aplaudia de pé cada uma das performances de Vera.

A apoteose parecia não ter fim. Pouco depois dos Jogos, Vera casou-se com o também atleta tcheco Josef Odolzil, na Catedral da Cidade do México, em cerimônia à qual compareceram milhares de pessoas.

Foi  a última participação dela em Olimpíadas. Na volta do México, a dura realidade de seu país: ela foi proibida de viajar e de participar de competições esportivas. Mais ainda, a publicação de sua autobiografia foi proibida.

Vera Caslavska só voltou a ter destaque com a queda do império soviético, a partir de 1989. Passou a fazer parte do Hall da Fama Internacional Esportivo Feminino. Mas depois a voltou a viver reclusa, em Praga.

Seu nome e sua figura, no entanto, permaneceram como símbolo da luta pela liberdade. Foi mais um legado daquele ano de 1968, em que nem as Olimpíadas foram iguais às outras.



Vera recebe medalha como primeira
colocada em torneio europeu em 1967

domingo, 22 de julho de 2012

1968 - A completely different Olympics


Olympics 1968, in Mexico City, was one like no other before. Or after. We were in 1968, remember?

Ten days before the inauguration, the Mexican police killed hundreds of students that were protesting against the educational official policy.

This looked just like a preparation. In 16 October, the American Tommie Smith won the 200 meter race, in a world record. Juan Carlos, also American (and also black) was the third in that race. Between then, Australia’s Peter Norman.

Nothing remarkable. But after the race, in the ceremony to receive the medals, the act that is considered the most shocking in the Olympics history: Tommie and Carlos, using black gloves, raised their fists reproducing the Black Power salute (see photo below). They were also shoeless, wearing black socks, to protest against poverty of black people.

 Even more, Peter Norman, the white Australian athlete who was also on the podium, wore a human rights badge on his shirt during the cerimony.

The gesture was showed all over the world and its impact remains until nowadays. Tommie and Carlos were punished, lost their medals and sent back home. But the gesture was one of the symbols of the Olympics history. And one of the most remarkable images of 1968.

In 1968 even Olympics were different. Was it a surprise?





Tommie Smith e John Carlos protest after receiving their medals in 68 Oympics




Tommie Smith e John Carlos protest after receiving their medals in 68 Oympics


1968 - Olimpíadas de um jeito que o mundo nunca tinha visto!





As Olimpíadas de 1968 aconteceram na Cidade do México. E como quase tudo o mais que aconteceu naquele ano, foi diferente de todas as demais edições dos Jogos Olimpícos.

A poucos dias do início das Olimpiadas, por exemplo, estudantes e professores universitários entraram em greve no México. Dez dias antes da abertura dos Jogos, a polícia reprimiu as manifestações atirando contra milhares de pessoas e, como resultado, matou centenas de jovens.

Além disso, foi nas Olimpíadas de 1968 que se registrou o protesto mais conhecido de atletas que participaram de competições desse nível. Depois de uma prova de atletismo (200 metros livres), dois negros americanos protestaram no momento de receber as medalhas: Tommy Smith ganhou a medalha de ouro e John Carlos ficou com a de bronze, mas o que marcou foi que, no pódio, vestiram luvas negras e ergueram os punhos cerrados, num movimento típico dos Panteras Negras (grupo que surgira anos antes nos Estados Unidos para protestar contra o racismo).

Além disso, os dois atletas receberam as medalhas descalços, em protesto contra a pobreza dos negros americanos. E para completar, o australiano Peter Norman, que ganhouj a medalha de prata, estampou em sua jaqueta um adesivo em favor dos direitos humanos.

Foi um escândalo. A imagem foi mostrada em todo o mundo e teve impacto imediato. O Comitê Olimpíco suspendeu os dois atletas e o Comitê Olimpíco dos Estados Unidos tirou as medalhas e mandou os dois de volta para casa. Mas era tarde. A atitude ficou como a maior marca dos Jogos de 1968.


 
O protesto enfureceu o membro do Comitê Olímpico Norte-americano (Foto:Cedoc/RAC)
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Tommie Smith e John Carlos protestam após prova dos 200m nas Olímpiadas de 1968

quinta-feira, 19 de julho de 2012

1968 - Veja a cena e o "corte de um milhão de anos" do filme 2001 Uma Odisseia no Espaço.Lançado em 1968, é claro.

Ver no link abaixo a cena e o "corte de um milhão de anos". É uma das melhores
sequências da história do cinema. Lançada em 1968, é claro.

http://www.youtube.com/watch?feature=endscreen&NR=1&v=qtbOmpTnyOc

See the "one-million-year" cut of the movie "A Space Odyssey"

Click the link below and see the scene and the "one-million-year" cut, from "2001 -
A Space Odyssey". It was launched in 1968, no doubt.

Yes, you may skip the ad at the beginning of the link. It was made in
2011. So it has nothing different.


http://www.youtube.com/watch?feature=endscreen&NR=1&v=qtbOmpTnyOc

1968 - O osso pré-histórico 1 milhão de anos depois - A cena espetacular se completa no filme "2001"

O osso, um segundo depois do "corte de 1 milhão de anos", uma cena chocante e extraordinário, como o filme "Uma Odisseia no Espaço", e como o ano em que o filme foi lançado!2001ASpaceOdyssey_0201a

1968 - Começa o "corte de 1 milhão de anos", do filme "2001 Uma Odisseia no Espaço"

O osso pré-histórico, um segundo antes de se tornar uma nave interplanetária. Uma cena espetacular, de um filme espetacular, lançado em um ano espetacular!2001ASpaceOdyssey_0200a

1968 - Começa a cena mais espetacular do filme mais espetacular do cinema. Lançado em 1968,é claro.


Abaixo, a cena que precede o "corte de um milhão de anos", uma das maiores cenas da história do cinema. Do filme "2001 Uma Odisseia do Espaço", lançado em 1968, é claro.

2001ASpaceOdyssey_0197a

1968 - The bone becomes a spacecraft in one second (in 2001 - A Space Odissey)

From the movie "2002 - A Space Odyssey"

Below, the bone, one second after. What a scene! In 1968, you bet.


2001ASpaceOdyssey_0201a

1968 - "Space Odyssey": the bone before the transofrmation


Below the frame that started one of the most impacting scenes in movies history. In 1968, of course.

The bone just after, in one second, becoming a spacecraft2001ASpaceOdyssey_0200a

1968 - The "pre-one-million-year-cut"

The scene just before the "one-million-year" cut

Photo 1 - The ape man just after he first killed "somebody" using a bone
2001ASpaceOdyssey_0197a

1968 - In the "Space Odyssey" movie, the "one-million year" cut!!!

As we have seen in a prior post of this blog, "2001 - A Space Odissey" was one of  the most spetacular films ever made -- if not "the one". And in such a movie there was also one of the most spetacular scenes ever seen in a cinema -- if not "the" most spetacular. it was called "the one-million-year cut".

It is very, very hard to explain this scene. And even the best description is far, far from the scene itself. It is extraodinary, like the film and just like the year in which it was launched.

Ok. let's try to remember this scene. It is an impossible task, but just to give an idea.

First, it is important to remember that the film is divided in three parts. The first shows the "ape man", a pre human being who is weak and fearful. This starts to change after the "black monolith" appears to some ape men. This monolith is present in all the parts of the filme and is one of its keys.

Well, after its first appearence this monolith changes the ape men's lives. They start to be more "smart" and more violent. Among its discoveries they started to use bones as weapons. First the bones become an important tool to hunt other animals. After it started to be also a weapon against other ape men.

When the first ape man discovered this "bone-weapon" and killed another ape man, he was in such an euphory that threw the bone to the sky. That was the moment when happened the "one-million-year cut": the camera focuses exclusively on the bone in the air that, in a cinematrographic resource, was transformed in a "cut" in a spacecraft floating in the sky.

The resource is breathless and scene had such an impact that it is hard to explain.

Yes, you understand in one second, during that "one-million-year" cut, the strong message of Stanley Kubrick, the director of "2001".

One of the most wonderful and meaningful scenes in the history of the cinema. In a film launched in 1968, of course!

1968 - No filme do século, o "corte de 1 milhão de anos"

Como vimos em um post anterior deste blog, "2001 - Uma Odisseia no Espaço" foi um filme único, instigante, como nunca tinha se visto antes e nem se viu depois. E com tudo isso, só poderia ter sido lançado em 1968.

Nesse filme extraordinário, uma sequência foi especialmente extraodinária. A cena ficou conhecida como "o corte de um milhão de anos". É difícil descrever essa cena, mas vamos tentar a seguir.

No final da primeira das três partes do filme, dá-se a passagem do "homem-macaco" para uma viagem espacial. Essa primeira fase mostra o homem em seu estágio ainda parcialmente macaco, a princípio indefeso, que após ter contato com o "monolito negro" (presente em todo o filme), tornou-se mais atento às possibilidades do uso de armas. A primeira "arma" descoberta por esse humanóide foi o osso.

Pois bem, no final da primeira parte do filme um dos humanóides utiliza o osso para matar e, em êxtase com a descoberta, ao final atira esse osso para o céu. É nessa cena que se dá o "corte de um milhão de anos". A câmera foca nesse osso que foi lançado ao ar e, em um corte da edição, o osso se transforma em uma nave espacial, que flutua no céu "um milhão de anos depois".

A descrição da cena nunca vai alcançar um milésimo de seu impacto quando assistida no filme. Mas a cena é espetacular.

Um "corte de um milhão de anos". Só podia ser em um filme lançado em 1968. Quando mais isso poderia ter acontecido?

quarta-feira, 18 de julho de 2012

1968 - The photos of the assassination of a student in Rio

Photo 1 - Police against students after the requiem mass for Edson Luís, in March 1968
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 Photo 2 - The student just after his assassination

Edson Luis

1968 - Fotos do velório e da missa por Edson Luís


Foto 1 - O corpo do estudante Edson Luís sendo velado.



Foto 2 - Enterro do estudante reúne milhares de pessoas no Rio


Foto 3 - Igreja da Candelária é cercada pela polícia durante
missa de 7o. dia de Edson Luís.




1968 - A student was killed. The year of the Brazilian dictatorship was just beginning...


1968 in Brazil was the year in which the militar dictatorship showed its face. The militars were in the command since 1964 but until 1968 they were kind of "shamed" to show that they were running a real dictatorship.

But this "play" was over in 1968. Precisely it took plance in March 28th, when a group of students promoted a protest against the high prices of a restaurant that served food to them. One of these students was Edson Luís Lima de Souza, a guy who came from the North of the country to study in Rio de Janeiro.

The police did not like of the students movement at that day. The policeman thought that they were planning an invasion to the American Embassy in Rio, that was near the restaurant. This thought was wrong but had tragic consequences.

Edson Luís was inside the restaurant with some students when the policemen invaded the place. One of these policemen, called  Aloísio Raposo, shot Edson in the breast. The student died at that moment.

As a result of this action, a lot of protests took place all over the country. And the dictatorship started to show its real face.

This would become worse and worse till December, when militar power shut the Congress and started to arrest hundreds of people.

So, Brazil could know directly that 1968 was not a regular year. In this case, unfortunately.



1968 - Estudante é baleado pela PM. E a máscara começa a cair...


1968 foi o ano em que a ditadura militar, que tomara o poder 4 anos antes, deixou cair a máscara. Até 1968, era uma “ditadura envergonhada”, na definição perfeita do jornalista Elio Gaspari.

A ditadura perdeu a “vergonha” de se assumir como tal nos últimos dias de 1968, com o Ato Institucional número 5, o AI-5. Mas tudo começou em março, no dia 28 daquele mês.

Naquele dia, a Polícia Militar do Rio de Janeiro matou o estudante Edson Luís Lima de Souza, que tinha acabado de completar 18 anos. Motivo alegado:  Edson Luís, que era secundarista, participava de uma manifestação de estudantes. Tudo começou pela manhã. Edson viera de Belém, no Pará, para o Rio de Janeiro, para estudar no Instituto Cooperativo de Ensino. De família pobre, ele estudava no ICE, que funcionava no restaurante Calabouço.

Na manhã daquele 28 de março (de 1968, é claro), estudantes organizaram um passeata contra o aumento do preço da comida no restaurante, que passaria a vigorar naquele mesmo dia. Já caía a tarde quando a Polícia Militar dispersou os estudantes que estavam em frente ao local. Em resposta, os estudantes fugiram para dentro do restaurante e começaram a atirar pedras e pedaços de pau nos policiais.

A reação parecia ter dado resultado. Os policiais sumiram da rua. Mas a “paz” durou muito pouco. A PM voltou atirando, disparando a partir de um edifício próximo. Os estudantes fugiram e como a Embaixada dos Estados Unidos ficava próxima ao local, os policiais deduziram que haveria uma tentativa de invasão à representação americana.

Foi um trágico engano.  Para prevenir a suposta invasão à Embaixada, a PM invadiu o Restaurante Calabouço. Na invasão, o comandante da tropa Aloísio Raposo atirou à queima-roupa no estudante Edson Luís,que morreu na hora baleado no peito.

Mais ainda, Benedito Frazão Dutra também foi baleado e morreu logo depois, em um hospital próximo.

Em protesto, e temendo que a PM sumisse com o corpo de Edson Luís, os estudantes levaram o corpo para a Assembleia Legislativa. O velório continuou e o enterro só aconteceu no dia 2 de abril, na Igreja da Candelária. Nesse período aconteceram vários protestos em todo o País.

Edson Luís foi enterrado ao som do Hino Nacional, cantado pela multidão que compareceu à cerimônia. Os protestos aconteceram por todos os lados. Os cinemas da Cinelândia amanhaceram no dia do enterro com três filmes anunciados em cartaz: “A Noite dos Generais”; “À queima-roupa” e “Coração de Luto”.

Dois dias depois, outra missa na Candelária foi realizada sob tensão. Do lado de fora da igreja, policiais esperavam pelos participantes e usaram a violência quando a cerimônia terminou e quem estava assistindo à missa foi para as ruas.

Foi um prenúncio do que estava por vir em 1968 no Brasil. O futuro não era dos mais promissores...

segunda-feira, 16 de julho de 2012

1968 - Robert Kennedy no dia em que foi assassinado



Foto 1 - Minutos antes de ser assassinado, Bob Kennedy recebe cumprimentos de funcionária da cozinha do Ambassador Hotel. Ele foi morto no hall do hotel ao agradecer a vitória nas primárias.

 


Kennedy greets a kitchen worker before heading to the podium after winning the California primary.
 
 
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1968 - Photos of Bob Kennedy assassination


Photo 1 - Kennedy just after the shots


Robert F. Kennedy lying wounded on the
floor immediately after the shooting.
Kneeling beside him is 17-year-old Juan
Romero, who was shaking Kennedy's hand
when the unknown Sirhan Sirhan fired the shots.

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Photo 2 - Useless effort to save the candidate just after the shots

The assassination of Robert F. Kennedy







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Photo 3 - Kennedy receives congratulations in the kitchen of the Ambassador Hotel, just minutes before he was killed at that hotel.

 


Kennedy greets a kitchen worker before heading to the podium after winning the California primary.

1968 - Outro Kennedy assassinado. E o novo presidente é Nixon, seu exato oposto...

No dia 5 de junho de 1968, estava eu no estádio do Pacaembu, em São Paulo, para assistir a um jogo treino da Seleção Brasileira com o Juventus (aquele mesmo, do bairro da Moóca). Esperava pelo início do jogo quando alguém comentou: Robert Kennedy, o candidato favorito à Presidência dos Estados Unidos, tinha sido assassinado.

Fiquei perplexo e a princípio não entendi. O irmão do outro Kennedy, que também tinha sido assassi-nado (cinco anos antes), foi morto? Mas como? Dois meses antes, em abril de 1968, não fora assassinado o Martin Luther King?

A ficha não tinha caído para mim. Mas era óbvio. Estávamos em 1968, o ano em que tudo e mais um pouco poderia acontecer.

E não só Kennedy foi assassinado. No final daquele ano, foi eleito Richard Nixon, o exato oposto de Robert Kennedy. A América que parecia viver uma convulsão elegeu o conservador Nixon? Mas como?

Foi em 1968, é claro!!!

1968 - The most popular candidate was assassinated. And the one who was his opposite won...


The assassination of Martin Luther King seemed to be the biggest shock to the world in 1968. But just two months later things became even worse: Robert Kennedy, favourite to win the election for US President that year, was also killed. It happened in June 5 in Los Angeles. The killer? An unknown, just like what happened with Bob's brother, John Kennedy, five years before (John was in 1963 one of the most popular presidents of the American History).

If there was any doubt, then, it became even more clear that 1968 was everything but a “regular year”.

Bob Kennedy seemed then to be the most appropriate candidate for a nation that lived a wave of change. Vietnam war was the target of protests of million of people, the “Flower Power” was more and more present, the society was apparently looking for a new era...

But we were at 1968. Nothing at that year was predictable. So Bob Kennedy, the favourite, became just one more victim of violence, just 61 days after Luther King was assassinated.
As as we were in 1968, the elected was Richard Nixon, who could be considered the exact opposite of Bob Kennedy.
But what was the surprise? Were not we in 1968?

segunda-feira, 9 de julho de 2012

1968 - O mais jovem ganhador do Nobel da Paz é assassinado!


Martin Luther King Jr. foi a pessoa mais jovem a receber o Prêmio Nobel da Paz . Tinha 35 anos. E foi assassinado em 1968, é claro.

Foi um choque para o mundo.Martin Luther King tinha se tornado um símbolo da luta contra o racismo nos Estados Unidos. Seu discurso "Eu tenho um sonho", talvez o mais famoso libelo contra o racismo, foi decorado por milhões de pessoas no mundo. Sob sua liderança, 200 mil pessoas marcharam em Washington para um protesto pacífico pelos direitos civis.

OK, mas ele foi assassinado em 4 de abril. De 1968, como era de se esperar. Levou um tiro quando preparava uma nova manifestação na capital americana. Foi morto por um atirador profissional, que foi preso meses depois e só morreu 30 anos depois.

Por quê? Quando se examina com atenção a situação nos Estados Unidos em 1968. Os protestos, cada vez maiores, pululavam.Estávamos em 1968. E a reação a todo esse movimento também era muito forte.

O assassinato de Martin Luther King foi um choque. Mas não chegou a ser uma surpresa. Estávamos em 1968.


"

1968 - The youngest winner of the Nobel Peace Prize was killed!


The assassination of Martin Luther King Jr. shocked the world. It was in 1968, for sure.

When he died, he was the symbol of the civil rights movement in America and also the leader of American blacks.  Who could think to kill this guy, who received the Nobel Peace Prize when he was just 35? Well, as it happened with John Kennedy,  somebody did it. In 1968, you bet.

What? The man who was named Man of The Year by Time magazine five years before was shot in 1968? Yes, by “somebody” called James Earl Ray, an international man-hunt. Why? We can imagine why.

Martih Luther King Jr. was shot just once  in a motel in Memphis, planning the poor people march on Washington that was scheduled for the end of that April.  Of 1968, no doubt.

It was such a surprise! But there was much more to go, so (or even more) shocking than that crime.

We were in 1968, remember?

domingo, 8 de julho de 2012

1968 - Maio em Paris em fotos





Foto 1 - Carros tombados durante manifestações em Paris em maio de 1968



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Foto 2 - Cartaz distribuído durante as manifestações. Os dizeres, em tradução livre: "A liberdade não é dada. Ela é conquistada".




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Foto 3 - A polícia entra em choque com manifestantes


sábado, 7 de julho de 2012

1968 - May in Paris - Photos




Some photos of May 1968 in Paris



1 - Students and the police in the streets of Paris


  

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2 - Cohn-Bendit, the student that lead the most important manifestations


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3 - Protesters - against everything and everyone




jorgebichuetti.blogspot.com
400 × 267 - BONS ENCONTROS: O MAIO DE 68, A INSURGÊNCIA DA JUVENTUDE.
Denunciar
Imagem denunciada
Denúncia concluída

sexta-feira, 6 de julho de 2012

1968 - Maio em Paris - Slogans Parte II





Foto 1 - Carros tombados durante manifestações em Paris em maio de 1968



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Foto 2 - Cartaz distribuído durante as manifestações. Os dizeres, em tradução livre: "A liberdade não é dada. Ela é conquistada".




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Foto 3 - A polícia entra em choque com manifestantes


1968 - May 68 in Paris - Slogans Part II

This blog published some slogans that became famous in May 1968 in Paris and live till today. And we have a lot more of them.

See some more below:

* Imagination takes power.

* We want structures that serve people, not people serving structures.

* I am a Marxist - of the Groucho variety.

* Those who lack imagination can not imagine what is lacking.

* Boredom is counter-revolutionary.

* Be realistic, ask the impossible.

* Take your desires for reality.

* They are buying your happiness. Steal it!

There is a lot of them. We will publish more soon.

quinta-feira, 5 de julho de 2012

1968 - The amazing slogans of May 68 in Paris

May of 1968 in Paris was a movement typical of that year, as seen in a prior post of this blog. And one of its landmarks were the slogans the students and other protesters created.

See below at some of them. What a creativity!


* It is forbidden to forbid.

* Be realistic, demand the impossible.

* Never work.

* I treat my desires as realities because I believe in the reality of my desires.

* Boredom is a counter-revolutionary act.

* We don't want a world where freedom from dying from hunger comes at the risk of dying of boredom.

* The boss needs you. You don't need him.

* Worker: you are 25 years old but your trades union belongs to another century.

*(They are buying your happiness. Steal it back.

* Under the cobble-stones, the beach.

* Barricades shut down the street but open the way.

* The alarm clock rings: first humiliation of the day.)

* Imagine: there was a war and no one turned up!

* Run comrade, the old world is behind you.

1968 - Os slogans do Maio em Paris


Maio de 1968, como se viu em post anterior desse blog, mexeu com quase tudo o que era tradicional até então no mundo.

E um dos pontos fortes daquele movimento foram os slogans. Para se ter ideia da qualidade e da ousadia desses slogans, veja a lista abaixo. É a primeira metade de 68 deles.

Aproveitem!
  1. “Abaixo a sociedade de consumo.”
  2. “Abaixo o realismo socialista. Viva o surrealismo.”
  3. “A ação não deve ser uma reação, mas uma criação.”
  4. “O agressor não é aquele que se revolta, mas aquele que reprime.”
  5. “Amem-se uns aos outros.”
  6. “O álcool mata. Tomem LSD.”
  7. “A anarquia sou eu.”
  8. “As armas da crítica passam pela crítica das armas.”
  9. “Parem o mundo, eu quero descer.”
  10. “A arte está morta. Nem Godard poderá impedir.”
  11. “A arte está morta, liberemos nossa vida quotidiana.”
  12. “Antes de escrever, aprenda a pensar.”
  13. “A barricada fecha a rua, mas abre a via.”
  14. “Ceder um pouco é capitular muito.”
  15. “Corram camaradas, o velho mundo está atrás de vocês.”
  16. “A cultura é a inversão da vida.”
  17. “10 horas de prazer já.”
  18. “Proibido não colar cartazes.”
  19. “Abaixo da calçada, está a praia.”
  20. “A economia está ferida, pois que morra!”
  21. “A emancipação do homem será total ou não será.”
  22. “O estado é cada um de nós.”
  23. “A humanidade só será feliz quando o último capitalista for enforcado com as tripas do último esquerdista.”
  24. “A imaginação toma o poder.”
  25. “A insolência é a nova arma revolucionária.”
  26. “É proibido proibir.”
  27. “Eu tinha alguma coisa a dizer, mas não sei mais o quê.”
  28. “Eu gozo.”
  29. “Eu participo. Tu participas. Ele participa. Nós participamos. Vós participais. Eles lucram.”
  30. “Os jovens fazem amor, os velhos fazem gestos obscenos.”
  31. “A liberdade do outro estende a minha ao infinito.”
  32. “A mercadoria é o ópio do povo.”

quarta-feira, 4 de julho de 2012

1968 - May in Paris changes the world. Until today!

May 1968 in Paris means 1968 as a whole for many, many people. It is not difficult to explain: the student occupation protests at that month was so big, and went so far beyond mere protests, that May 68 became a landmark in the most remarkable year of the History.

The students movement involved much more than protests against the educational system, the primary reason    of May 68. It became a series of manifestantions against everything: the government, the left parties, the traditional way of like, the sexual repression. In short, everything.

It all started with a small protest of students in Nanterre, near Paris, in April., with the leadership of Daniel Cohn-Bendit, who became one of the symbols of the movement. But in May this snowball dominated Paris all month long, with protests that was commanded by students in schoks with the police and culminated in the largest general strike to date.

All this movement was reinforce also by brilliant slogans like "It is forbidden to forbid" and "All power to imagination".

The movement was so big, strong and broad in its proposals that the traditional French left was concerned and chose to be aside of De Gaulle, the president at this time, a traditional "enemy".

And, surprising as it was, May 1968 just desappeared in June. After a lot of street battles with the students, the government started to think that the students protests and the general strike could result in a civil war.


The protests reached such a point that government leaders feared civil war or revolution. But supported with the French Communist Party and the unions, de Gaulle won the election in June. And all that movement just seemed to disappear. The Gaullist party formed a new governament and emerged stronger than before.


But May 1968 did not die. It still lives, 44 year after. It has a strong influence in our way of live until today. And seems to last for many more years.





terça-feira, 3 de julho de 2012

1968 - Os Beatles e a fantástica canção "While My Guitar Gently Weeps"

Foi em 1968, como não poderia ser diferente. Os Beatles lançaram seu mais fantástico disco, o "White Album", ou "Brancão".

Abaixo, segue a letra de uma das canções emblemáticas desse álbum, "While My Guitar Gently Weeps". Em Inglês e com a tradução em Português. Aproveitem! E não deixem de ouvir a canção.

While My Guitar Gently Weeps

I look at you all see the love there that's sleeping
While my guitar gently weeps
I look at the floor and I see it needs sweeping
Still my guitar gently weeps

I don't know why nobody told you
How to unfold your love
I don't know how someone controlled you
They bought and sold you

I look at the world and I notice it's turning
While my guitar gently weeps
With every mistake we must surely be learning
Still my guitar gently weeps

I don't know how you were diverted
You were perverted too
I don't know how you were inverted
No one alerted you

I look at you all see the love there that's sleeping
While my guitar gently weeps
I look at you all
Still my guitar gently weeps

(I look from the wings at the play you are staging
While my guitar gently weeps
As I'm sitting here doing nothing but aging
Still my guitar gently weeps)

Enquanto Minha Guitarra Suavemente Chora

Eu olho para todos, vendo que o amor está dormindo
Enquanto minha guitarra suavemente chora
Eu olho para o chão e vejo que precisa ser limpo
Enquanto minha guitarra suavemente chora

Eu não sei porque ninguém te disse
Como desdobrar seu amor
Eu não sei como alguém te controlou
Eles compraram e venderam você

Eu olho o mundo e eu noto que ele está girando
Enquanto minha guitarra suavemente chora
Com cada erro nós certamente estamos a aprender
Ainda minha guitarra suavemente chora

Eu não sei como você foi distraída
Você também foi corrompida
Eu não seu como você foi invertida
Ninguém te alertou

Eu te olho inteira, vejo o amor que aí dorme
Enquanto minha guitarra suavemente chora
Eu olho para todos
Minha guitarra suavemente ainda chora

Eu olho de fora que você está se entediando
Enquanto minha guitarra suavemente chora
Assim como estou sentado apenas envelhecendo
Ainda minha guitarra suavemente chora

1968 - Beatles and its incredible "While My Guitar Gently Weeps"

1968 was the year in which The Beatles launched its fantastic "White Album".

Please see below the words of this fantastic song. It deserves to be hear, no doubt.

While My Guitar Gently Weeps

I look at you all see the love there that's sleeping
While my guitar gently weeps
I look at the floor and I see it needs sweeping
Still my guitar gently weeps


I don't know why nobody told you
How to unfold your love
I don't know how someone controlled you
They bought and sold you


I look at the world and I notice it's turning
While my guitar gently weeps
With every mistake we must surely be learning
Still my guitar gently weeps


I don't know how you were diverted
You were perverted too
I don't know how you were inverted
No one alerted you


I look at you all see the love there that's sleeping
While my guitar gently weeps
I look at you all
Still my guitar gently weeps


(I look from the wings at the play you are staging
While my guitar gently weeps
As I'm sitting here doing nothing but aging
Still my guitar gently weeps

1968 - Beatles, the "White Album" and the revolution

The Beatles are beyond any discussion about music. And they launched their "White Album", a masterpiece which had everything in terms of styles of music, in 1968. Of course.

Where else could the Beatles be so innovative,so differente, so schoking, so original, so perfect? Just in 1968!

It is impossible to say  what song is better in this album. You go from "Helter Skelter" to "Julia", from "While My Guitar Gently Weeps" to "Rocky Racoon". How could you say that this is a rock album? But at the same time, it is a great rock album.

It is a masterpiece -- totally new, with a lot of different styles "living" together, with new and old styles of song appearing in an unusual way.

The "White Album" was fantastic. It is  is still today revolutionary, amazing. Just like 1968!

1968 - O álbum "Brancão", dos Beatles, só podia ter sido lançado nesse ano...



O álbum "The Beatles" foi lançado em 1968, é claro.

Não foi o único álbum genial dos Beatles, mas foi bem característico desse ano único. Também conhecido pela alcunha de "Brancão", por sua capa totalmente branca. Tinha de tudo: "folk music",canções experimentais, rock pesadíssimo, baladas... Um disco digno de 1968.

Foi um espetáculo e ao mesmo tempo foi o último grande álbum dos Beatles, que viriam a se separar dois anos depois.

O "Brancão" é tão bom que até hoje é considerado revolucionário, com sua mistura de vários tipos de música, harmonias, experimentos.

Ficou como um marco do maior conjunto musical de todos os tempos.

É difícil destacar uma canção entre tantas desse álbum duplo, que vai de "Helter Skelter" a "I Will" e "Julia", passando por "Rocky Racoon".

Foi um disco 1968. Precisa dizer mais?


segunda-feira, 2 de julho de 2012

1968 - "2001", o pior pôster da história do cinema!

O pôster do filme "2001", o que menos mostra o
que é um filme da História do cinema!



1968 - "2001" and the poster who showed nothing!

2001 - A Space Odyssey - The poster that says nothing



1968 - "2001", the film that was just like 1968!


"2001 - A Space Odyssey", the film, was just like1968, the year in which it was launched -- different, original, like no other one.

It was a Stanley Kubrick masterpiece which have the no-modest propose to show the mankind journey since the very beginning (the real begin, from the "man-ape"). The result was a sensational movie which really showed in a unique way this long, long journey in less than three hours.

One of the most difficult things is try to explain this film. Divided in three parts, from the Pre-History to the distant future, thousand of years later, the picture showed in its three episodes the contacts of the mankind with a mysterious monolith.

What does it mean? It is really tough to explain but if you see the picture you can at least start to understand. It is not easy. I have seen "2001" more than 30 times and in all of them I discovered new messages and meanings -- just like million of people who also did it.

But you can say that "A Space Odissey" is a picture that should be launched just in 1968. It was revolutionary, unique, with a sensational production and a sound track that is part of the cinema's history.

The problem of "2001" is that it should be called "1968". It was a film that it was just like 1968. The most original ever made, sensational, remarkable. And was not understood completely during its first appearence. Even more, it had imitations that were far, far worse. Nothing like the original.

You have to see this movie. There is a lot to lose if you don't do it.






1968 - O filme que teve a cara do ano!

O filme "20002 - Uma Odisseia no Espaço" foi lançado em 1968, é claro.

Foi um filme como nenhum outro, nem antes nem depois. Quando lançado, ninguém deu muita atenção, até porque ninguém entendeu.

Foi uma obra surpreendente de Stanley Kubrick, um diretor diferente dos outros. Já tinha feito vários filmes antes, mas em 1968 (é claro) foi lançada sua obra mais polêmica, o "2001".

Para resumir bastante, o filme tratava "só" da história da Humanidade. É, "só isso". Começava lá na origem do homem, ainda meio-macaco, e pulava para uma viagem interplanetária,à Lua. Era um filme em três partes: a pré-história, depois 2011 e no fecho uma época ainda mais distante do futuro.

"2001" era um filme aberto, que fazia pensar. A produção era primorosa, como costumava acontecer com o Kubrick. Os "homens-macaco" tinham uma caracterização perfeita, assim como os cenários das viagens interplanetárias. Ainda por cima, havia um supercomputador (algo impensável na época), o HAL, que era inteligente e sensível, tanto que faz uma tentativa de matar os astronautas que teoricamente o comandavam.

Não dá para falar muito do filme, porque ele é literalmente indescritível. É uma obra de arte que, ainda por cima, teve uma trilha sonora espetacular.

A figura do monolito negro, grande mistério do filme, que aparece nas três partes da obra, é uma ideia genial.

Foi, enfim, um filme sensacional. Assisti umas 30 vezes, sem exagero. E descobri coisas novas a cada vez.

"2001" tinha só uma falha -- poderia ter se chamado "1968", porque foi a cara do ano, com sua ousadia, ineditismo, instigação, originalidade.

domingo, 1 de julho de 2012

1968 - "Hair", the poster

"Hair", the rock musical that was the symbol of 1968
was announced in the poster that you can see below.

Until the poster was different...


Hairposter.jpg

1968 - "Hair", o pôster

"Hair", a peça que encarnou 1968, foi anunciada no
poster reproduzido abaixo.

Até no pôster foi diferente...



Hairposter.jpg

1968 - "Hair", a cara de um ano sem igual!

"Hair" foi uma peça de teatro que se transformou em marco da contracultura. Estreou na Broadway em 1968 -- é claro -- e foi um sucesso imediato que ganhou o mundo: ganhou montagem em outras cidades dos Estados Unidos e em Londres, por exemplo.

A peça era um musical, ou "rock musical", com belas canções como "Age of Aquarius" e "Good Morning, Sunshine", entre várias outras. Mas ganhou fama avassaladora por tratar de maneira inédita e ousada tudo o que servia como base da contracultura: liberdade sexual, uso de drogas, protestos contra a Guerra do Vietnã. E havia a famosa cena de nudez no final do primeiro ato, que foi um dos principais motivos do sucesso de público da época.

No Brasil, "Hair" ganhou sua versão em 1969, se não me engano. Fui ver a peça em um teatro que ficava no bairro de Bexiga, em São Paulo, tradicional zona teatral da cidade. Foi um sucesso tão grande que o teatro passou a ser chamado de "Aquarius".

A peça era de tirar o fôlego. O ritmo era alucinante e se falava sem parar sobre sexo, drogas, liberdade, movimento hippie... Tudo isso embalado por músicas igualmente diferentes, bonitas, chocantes.

Quando fui ver pela primeira vez, não acreditei. Ainda mais que na cena final os atores convidavam os espectadores para subir ao palco para cantar com eles "Let the Sunshine In". Era, literalmente, enlouquecedor para uma plateia tradicional como era (em sua maioria) o público paulistano.

Para completar, "Hair" marcou a estreia de gente que se tornou famosa, como Sonia Braga, Antonio Fagundes, Nuno Leal Maia, Tamara Taxman e muitos outros. Com a presença de atores já "consagrados" e igualmente excelentes como Armando Bogus, Aracy Balabanian (quem diria!) e Altair Lima, que também foi o produtor.

"Hair" foi a cara de 1968 -- chocante, intensa, diferente, fascinante. Não poderia mesmo ter começado a fazer sucesso no mundo em outro ano.

Esse 1968...

1968 - "Hair", the play of the contraculture

"Hair", the rock musical, was first shown off-Broadway in October 1967. But the musical that showed to the world the Flower Power, really appeared for the public in April 1968 on Broadway and became a huge success.

The play was everything  but traditional. The musical treated of themes like drugs, sexuality, irreverence and had a famous nude scene (that attracted most of the people to the theatres at that time).

It was a schock. But also was an instantaneous success and not just in America. More than schocked people were fascinated by the musical that beyond the themes and the nudity had fantastic songs like "Age of Aquarius" and "Good Morning, Starshine".

The story of a tribe of hippies that lived in New Yok City and adopted all the contracultural way of life was at the same time incredible and fantastic. The sexual freedmon, the irreverence of traditional symbols like the American flag, the use of drugs was not seen until this rock musical.

And the final scene, where the actors invite the public to the stage, was even more different and spetacular.

As a result of all this "chemistry", "Hair" was a landmark. It changed the theater, influenced the spectators' behavior, put clearly some questions that were not opened at that time (like the Vietnam war).

"Hair" was what they call "the face of 1968" -- different, unexpected, breathtaking.