segunda-feira, 29 de abril de 2013

A direita também deixa sua marca em 1968!!









Os protestos que marcaram 1968 são, na maioria das vezes, associados a reações da "esquerda", principalmente com relação à guerra do Vietnã, no caso dos Estados Unidos. Mas a "direita" também deixou sua marca nessa onda.

Há exatos 45 anos (dia 29 de abril de 1968), por exemplo, um grupo de 300 estudantes organizou protesto contra a administração da Universidade de Columbia. Motivo:  eles consideravam que havia excessiva "leniência" da direção da universidade em relação à ação dos "esquerdistas" no campus. Além disso, exigiam que se acabasse com a ação dos estudantes de "esquerda", que impediam a circulação de quem pretendia simplesmente andar pela univesidade. O protesto começou três dias antes e os estudantes bateram o pé: não sairiam dos locais ocupados. O clima, que já era de tensão na universidade, alcançou sua temperatura máxima, com ameaça de choques entre grupos de estudantes de posições antagônicas e destes com a polícia.

A tensão perdurou até cerca de 5 horas da tarde daquele dia, quando uma comissão que representava a administração da universidade conseguiu dialogar com os estudantes e convencê-los de que a situação poderia ser resolvida, sem choques, até o dia seguinte. O temor era de que pudesse haver violentos choques entre os dois grupos de estudantes, aos quais poderia se somar a violência da repressão policial e até protestos de moradores de Harlem, seção de Nova York próxima à universidade. O grupo de "direita", autobatizado como "Majority Coalition", aceitou as ponderações e prometeu desfase o bloqueio.

Na manhã seguinte (30 de abril), a "solução" prometida foi adotada: a polícia de Nova York usou gás lacrimogêneo e cacetetes para acabar com os bloqueios. Mais de 132 estudantes e 12 policiais ficaram feridos em consequência dos choques.

A paz demorou a voltar na Universidade de Columbia. Afinal, era 1968 e tranquilidade não foi uma das marcas do ano que mudou tudo. Também por parte da direita...

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