segunda-feira, 29 de abril de 2013
The "right wing" also protested. No surprise, since we were in 1968...
Yes, the "right wing" also promoted protests during 1968. Exactly 45 years ago (on April 29, 1968) a group of 300 right-wing undergraduates calling themselves the "Majority Coalition" organized an occupation in Columbia University, in response to what they perceived as administration inaction about the "left wing" protests in the campus.
This group was led by Richard Waselewsky and Richard Forzani and were not necessarily opposed to the spectrum of goals enunciated by the demonstrators, but were against to the occupation of University buildings.
Their action cause even more tension in the university: the "Coalition" formed a human blockade around the primary building, Low Library. Their stated mission was to allow anyone who wished to leave Low to do so, with no consequence. However, they also prevented anyone or any supplies from entering the building.
As a result fo this action, after three consecutive days of blockade, a group of protesters attempted on the afternoon of April 29 to forcibly penetrate the line but were repulsed in a quick and violent confrontation. In addition to fearing that Harlem residents would riot or invade Columbia's campus, the Columbia Administration also feared student on student violence. So at 5:00 PM of that day, 45 years ago,the Coalition was persuaded to abandon its blockade at the request of the faculty committee, who advised its leaders that the situation would be resolved by the next morning.
The "solution" was the use of even more violence. Next day, April 30, the police quashed the demonstrations with tear gas. Approximately 132 students, 4 faculty members and 12 police officers were injured, while over 700 protesters were arrested. Violence continued into the following day with students armed with sticks battling with officers. Frank Gucciardi, a 34 year old police officer, was permanently disabled when a student jumped onto him from a second story window, breaking his back.
So, became clear that 1968 was not calm for anyone. The "right wing" also protested. Well, no surprise, since we were in the middle of the year that changed everything...
A direita também deixa sua marca em 1968!!
Os protestos que marcaram 1968 são, na maioria das vezes, associados a reações da "esquerda", principalmente com relação à guerra do Vietnã, no caso dos Estados Unidos. Mas a "direita" também deixou sua marca nessa onda.
Há exatos 45 anos (dia 29 de abril de 1968), por exemplo, um grupo de 300 estudantes organizou protesto contra a administração da Universidade de Columbia. Motivo: eles consideravam que havia excessiva "leniência" da direção da universidade em relação à ação dos "esquerdistas" no campus. Além disso, exigiam que se acabasse com a ação dos estudantes de "esquerda", que impediam a circulação de quem pretendia simplesmente andar pela univesidade. O protesto começou três dias antes e os estudantes bateram o pé: não sairiam dos locais ocupados. O clima, que já era de tensão na universidade, alcançou sua temperatura máxima, com ameaça de choques entre grupos de estudantes de posições antagônicas e destes com a polícia.
A tensão perdurou até cerca de 5 horas da tarde daquele dia, quando uma comissão que representava a administração da universidade conseguiu dialogar com os estudantes e convencê-los de que a situação poderia ser resolvida, sem choques, até o dia seguinte. O temor era de que pudesse haver violentos choques entre os dois grupos de estudantes, aos quais poderia se somar a violência da repressão policial e até protestos de moradores de Harlem, seção de Nova York próxima à universidade. O grupo de "direita", autobatizado como "Majority Coalition", aceitou as ponderações e prometeu desfase o bloqueio.
Na manhã seguinte (30 de abril), a "solução" prometida foi adotada: a polícia de Nova York usou gás lacrimogêneo e cacetetes para acabar com os bloqueios. Mais de 132 estudantes e 12 policiais ficaram feridos em consequência dos choques.
A paz demorou a voltar na Universidade de Columbia. Afinal, era 1968 e tranquilidade não foi uma das marcas do ano que mudou tudo. Também por parte da direita...
segunda-feira, 22 de abril de 2013
45 years ago, in Paris, the world started to change. Well, we were in 1968...
Students protest in the streets of Paris: the world was never the same |
Next week, on May 3th, a remarkable "anniversary" -- at that date in 1968 the French police used the force to clear out the University of Sorbonne, where there was a student manifestation against the educational official policy.
The police action pulled the trigger of a wave of manifestations that changed the world. In response, students start to organize manifestations that became bigger and bigger. The shocks with the police became more frequent and the wave that started in Quartier Latin spread all over the country -- and later for other countries, from U.S. to Checoslovakia.
The result was the beginning of May of 1968, a period of time when the world could see the biggest manifestation against the status quo. The students and their manifestation were against everything: government educational education, way of living, sexual repression, bureaucracy and so on.
Creative slogans start to appear during the manifestation, like "Imagination in the power" and "It is forbidden to forbid". Suddenly, everything started to be contested.
It was the beginning of a new era -- not necessarily good or bad, but diferent, for sure. 1968 was in the streets, where it stays until today...
Há 45 anos, começava o Maio de Paris. E o mundo mudava para sempre...
Estudantes protestam em Paris: manifestações que mudaram o mundo |
Vai completar 45 anos na semana que vem: no dia 3 de maio de 1968 a polícia francesa usou violência para tirar estudantes da Universidade de Sorbonne, para reprimir uma manifestação de protesto. Foi como acender o rastilho de um barril de pólvora: em protesto contra a ação da polícia, estudantes foram para as ruas de Paris e levantaram barricadas.
Os confrontos com a polícia recrudesceram. Com cassetetes e bombas de gás lacrimogêneo os policiais tentam retirar os estudantes do bairro de Quartier Latin, onde aconteceram os protestos. Resultado: mais de 600 pessoas feridas.
Mas muito além desse confronto, foi o início de um movimento que ficou conhecido como Maio de 1968 em Paris, que significou uma série que parecia infindável de protestos nas ruas de Paris. Mais ainda, os protestos ganharam destaque na mídia e se espalharam pelo mundo.
Foi a face mais conhecida e mais impactante de 1968, o ano que mudou tudo!
sábado, 6 de abril de 2013
A WAVE OF VIOLENCE LASTED 30 YEARS IN GERMANY. AND STARTED IN 1968...
Baader-Meinhof: a violence that lasted 30 years |
The night of April 3rd, 1968 (of course), was not a calm one in Frankfurt, Germany: two buildings were in fire and the firemen had to work hard to solve the problem. But after some time became clear that these events meant much, much more than just people running off their houses and seeing them burning. It was in fact the start of a wave of violence that lasted 30 years in Germany, provoking lots of deaths by the terrorist group Baader-Meinhoff that at the night of 1968 started its violent actions.
There were no serious injuries as a consequence of the fire in Frankfurt at that night of 1968. But the firemen discovered that the fire was caused, in both building, by artefacts produced by terrorists, including plastic bottles, batteries and an alarm clock. The investigation started and the police, after some time, arrested a couple: Andreas Baader and Gudrun Esslin. They did not disguise their intentions. Instead, revealed that they were part of a protest group, a violent one, that protested against almost everything -- especially the Vietnam War, the main target of protests at that year.
The group seemed to be no fear, no limits. Ulrike Meinhof, one of its members, published an article in the press defending the couple Andreas Baader and Grudrun Esslin saying the attacks meant nothing compared with the Vietnam War and the violence in South Africa, that lived then a lot of shocks between protesters and the police as a consequence of the "apartheid".
The group did not to stop its initiatives and at the same time Germany started to have shocks between students and the police, that resulted in deaths and hundreds of injuries.
In such an environment, the couple who started the wave of terrorism went to the court and the judgement was a "hit" in the media. During his allegation, Gudrun Ensslin was clear: "I am not talking about burning mattresses. I am talking about children burned in Vietnam. I will never accept the trend of this capitalist society for the fascism".
The couple was condemned but escaped from the jail. The group became more and more violent lasted until the end of the 1990s.
So the period of violence did not stop completely during 30 years. And it all started in 1968, as usual...
ONDA DE VIOLÊNCIA DURA 30 ANOS NA ALEMANHA. E COMEÇOU EM 1968...
O casal Gudrun Ensslin e Andreas Baader |
A noite de 3 de abril de 1968 teve duas ocorrências policiais na Alemanha que não mereceram grande atenção, mas que se transformaram em um marco de uma onda de violência que assustou o país e o mundo. Foram dois incêndios que aconteceram em Frankfurt, uma das principais cidades do país. Os incêndios não deixaram feridos, mas sobraram rastros que mostraram o que ninguém queria: foram atentados terroristas, os primeiros de uma onda que nos anos seguintes parecia não ter fim.
No rastro dos incêndios ficaram quatro garrafas plásticas com líquido inflamado, um despertador e pilhas -- indícios mais do que claros de que haviam acontecido atentados, não incêndios ocasionais.
A policia alemã iniciou suas investigações e prendeu duas pessoas alguns dias depois: o casal Andreas Baader e Gudrun Ensslin. Começava a se revelar um dos grupos mais radicais de protesto que já passaram pelo país. Ulrike Meinhof, que depois passou a fazer parte do grupo que fez mais e mais atentados, defendeu os ataques em artigo publicado na imprensa. Pronto: o grupo mostrava sua ousadia e disposição para manter os ataques, sob a justificativa de que seria uma espécie de "compensação" pela violência que ocorria em outros países, como os choques causados pelo "apartheid" que então predominava na África do Sul, além, é claro, da guerra do Vietnã, alvo de protestos em todo o mundo (principalmente nos próprios Estados Unidos).
Os atentados continuaram e o julgamento do casal "incendiário" foi acompanhado com grande interesse pela mídia. Ao se defender no tribunal, Gudrun Ensslin não usou meias palavras. Foi direto ao ponto: "Não estou falando de alguns colchões queimados. Refiro-me a crianças queimadas no Virtnã. Jamais conseguirei me conformar com a tendência desta sociedade capitalista ao fascismo".
Além dos atentados, os choques entre policiais e estudantes recrudesceram nas ruas de várias cidades da Alemanha.
Nesse clima de crescente tensão, o casal Baader-Ensslin foi condenado a três anos da prisão. Mas fugiram pouco mais de um ano depois e, na clandestinidade, fizeram contato com Meinhof e o grupo tornou-se ainda mais temido.
Em junho de 1968, apareceu pela primeira vez a denominação do grupo: Fração do Exército Vermelho. Para a opinião pública, os ativistas ficaram conhecidos como grupo Baader-Meinhof.
O terrorismo ganhou força no país e só foi acabar no final da década de 1990, quando a RAF deixou de existir.
Foram três décadas de violência, que pareciam não ter mais fim na Alemanha. E tudo começou em 1968...
quarta-feira, 3 de abril de 2013
LONDON ANTECIPATED MAY IN PARIS AND SPRING OF PRAGUE. IN 1968...
Protesters clash with policemen in London: a sample of what would be 1968 |
It was March of 1968. So, there was no May of Paris or Spring of Prague. But in London the year was beginning with protests and riots.
On March 17th happened a manifestation anti Vietnam War that was considered a "premiere" of the waves of protests that were a landmark of 1968. A group of thousands of British youth protesters marched from Trafalgar Square to Grosvenor Square, where the acctress Vanessa Redgrave delivered a letter of protest against the was to the American embassy. It seemed that after this the manifestation was over. But not at all.
The crowd refused to disperse. More, people started to attack the police and the reaction was immediate -- as a result, a battle between protesters and policemen took place. The violence shocked everyone and by the end of afternoon more than 200 people had been arrested.
The battle was considered one of the main evidences that 1968 would be evetything but a "regular year". Protests spread in many parts of the world, from Paris to Mexico City, from Prague to Washington, and included Japan, Brazil, Argentine...
As says Chris Morris, who photographed the protest in London for an Italian magazine, "it was a year that showed what was possible". He thinks that, remembering what happened in London at that time, became clear that "every generation must find its own 1968".
EM LONDRES, CHOQUE EM PROTESTO. FOI UMA PRÉVIA DO MAIO EM PARIS...
Protesto em Londres: centenas de presos em uma prévia do que aconteceu em Maio em Paris |
Ainda não tinha acontecido o Maio de 1968 em Paris. Mas em Londres o clima de protestos que dominou aquele ano já mostrava sua força. No dia 17 de março do ano que mudou tudo, aconteceu uma manifestação de milhares de jovens em Trafalgar Square, um dos pontos tradicionais de Londres, contra a guerra do Vietnã, que já vinha sendo motivo de protestos nos Estados Unidos.
Os jovens britânicos marcharam de Trafalgar Square para Grosvenor Square, onde a atriz Vanessa Redgrave entregou uma carta de protesto contra a guerra para a Embaixada dos Estados Unidos. Parecia que o protesto tinha chegado ao fim. Ledo engano. A multidão não se dispersou e começou um choque entre manifestantes e a política. Os jovens atiravam lama, pedras e bombas caseiras e a polícia reagia com violência. Os choques recrudesceram e chocaram o Reino Unido pela violência. Ao final da tarde mais de 200 pessoas tinham sido presas.
Chris Morris, fotógrafo profissional que registrou o protesto em Grosvenor Square para uma revista italiana, afirma que 1968 foi um ano que "mostrou o que era possível". Ele considera que é fácil ser nostálgico mas diz que "todas as gerações precisam descobrir seu próprio 1968".
Seja como for, o protesto em Londres ficou marcado como uma das primeiras grandes manifestações que acabaram por ser a regra de 1968.
Foi uma espécie de prévia do que viria meses depois em Paris, Praga, Chicago, México, Brasil...
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