segunda-feira, 13 de agosto de 2012

O massacre de Tlatelolco choca o México!




País de pouca tradução de contestação nas ruas, o México não ficou imune a 1968. No dia 2 de outubro daquele ano, uma grande manifestação estudantil resultou num massacre em que a política teria matado no mínimo 300 pessoas.

A poucos dias do início das Olimpíadas na Cidade do México, aconteceu uma grande manifestação estudantil contra o sistema de ensino. As greves de estudantes vinham acontecendo há pelo menos dois meses, e naquele dia milhares de estudantes tomaram várias ruas da cidade, tendo companhia de trabalhadores. As manifestações tiveram seu ponto alto em Tlatelolco, na Plaza de las Tres Culturas.

O exército e a polícia acompanharam as manifestações até o final da tarde. Mas a partir daí o massacre começou – carros blindados e tanques passaram a atirar contra a multidão, atingindo manifestantes mas também populares que estavam no local (inclusive crianças).

A ação militar não parou por aí. Vários policiais passaram a noite invadindo edifícios e casas próximas ao local da manifestação.

Em 1969, o presidente do México em 1968, Gustavo Dias, disse em depoimento no Congresso que era o único responsável pelo massacre, que atribui à necessidade de conter “hordas vermelhas”. O ministro do Interior na época da chacina, Luiz Echeverria, foi acusado de cúmplice do genocídio em 2006, mas logo depois as acusações foram suspensas.

O que ficou mesmo foi um massacre nunca antes visto na história do México. E o mundo levou mais um susto em 1968...

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