sexta-feira, 31 de agosto de 2012
A Lua pronta para ser conquistada. Em 1968.
A Terra vista da Lua pela primeira vez. Em 1968.
O mundo todo parou em 1969 para ver o homem pisar pela primeira vez pisou na Lua. Mas em 1968, no Natal, os primeiros seres humanos navegaram em torno da Lua e enviaram fotos do solo lunar. Mais ainda, foram os primeiros a abandonar a órbita terrestre.
Ficou claro, naquela missão da nave Apollo 8, que o homem estava prestes para pisar na Lua. Os três astronautas da missão (William Anders, Frank Borman e James Lovell) enviaram fotografias da Terra vista da Lua que tiveram impacto na opinião pública e deixaram claro que a "conquista" do satélite estava próxima.
E a missão da Apollo 8 nem deveria ter acontecido. Em 1968 havia acirrada disputa entre Estados Unidos e União Soviética para mostrar primazia na "conquista" do espaço. Os soviéticos pareciam estar à frente, com sucessivos feitos como o envio do primeiro astronauta ao espaço (Yuri Gagarin, em 1961).
Os Estados Unidos tomaram a decisão de tomar a frente na conquista da Lua. Para isso, usaram a ousadia -- lançaram a Apollo 8 no final de 1968, numa missão que foi considerada temerária pela rapidez com que foi implementada já que a prioridade era superar os soviéticos.
Apesar do risco, tudo deu certo para os americanos. A missão foi um sucesso, mostrou como a conquista da Lua estava próxima e os Estados Unidos venceram essa batalha.
A missão foi acompanhada pela televisão por uma audiência mundial recorde até aquela época. Todos puderam ver ao vivo (e em alguns países a cores) que a Lua tinha deixado de ser algo distante e inalcançável.
Foi em 1969 que o homem pisou na linha. Mas foi em 1968 que ficou claro que a conquista viria. E logo.
Esta missão não estava planejada inicialmente, mas foi escalada na última hora para evitar que os soviéticos fossem os primeiros a levar homens a circum-navegar a Lua. Esta possibilidade era iminente pois os soviéticos acabavam de ser bem sucedidos em circum-navegar a Lua, em missões Zond não tripuladas.
A missão tinha um componente de risco já que, pelo cronograma alterado, o Módulo Lunar não havia sido ainda terminado. Como o motor do Módulo Lunar servia como motor reserva para o retorno a Terra, caso o motor principal falhasse, eles teriam apenas uma chance de retornar da Lua. Tudo correu bem, e a missão foi um sucesso, colocando os EUA pela primeira vez a frente da URSS na corrida pela conquista da Lua, já que as missões Zond tripuladas foram atrasadas por problemas no programa espacial soviético (estas missões jamais ocorreriam).
O sucesso desta missão, acompanhada pelo maior número de pessoas até então ao redor do mundo, pavimentou o caminho para a Apollo 11 e o pouso na Lua no ano seguinte.
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