O ministro da Justiça, Gama e Silva (à esquerda), e o locutor Alberto Curi anunciam o AI-5 no salão principal do Palácio Laranjeiras |
O
AI-5, em resumo, proibiu tudo: o Congresso foi fechado, mandatos foram
cassados, liberdades individuais deixaram de existir. A lista de proibições não
tinha fim. O governo passou a ter o direito de cassar mandatos, suspendeu
direito de habeas corpus para “crimes políticos” e aconteceram centenas de
prisões, de ex-presidentes da República que nada tinham de “esquerdistas”, como
Juscelino Kubitschek, a ativistas políticos. A Imprensa, claro, passou a ser censurada.
A
ditadura, que vinha tentando se manter “soft” (se é que é possível se imaginar
uma coisa dessas) desde 1964, quando os militares derrubaram o então presidente
João Goulart, deixou a máscara cair de vez. As esparsas esperanças de
redemocratização ruíram e adveio a longa noite em que oBrasil conviveu com uma
ditadura, vamos dizer assim, “de fato”.
O
AI-5 deu salvo-conduto à repressão política e à tortura, que se espalhou
principalmente a partir de 1970. Um aparelho de repressão foi montado e sua
virulência fez centenas de vítimas.
Há
muito o que falar sobre esse ato tristemente famoso. Este blog fará alguns
posts sobre o assunto. Mas sem dúvida foi o marco, o ponto de inflexão da curva
que levou o Brasil a um período muito triste de sua história. Não por
coincidência, em 1968...
Nenhum comentário:
Postar um comentário