Do outro lado do mundo (na perspectiva brasileira), 1968 também não foi nada calmo. Dando continuidade ao movimento que começou no ano anterior, o Japão viveu dias agitados no "ano dos protestos", principalmente por manifestações estudantis e seus confrontos com a polícia.
Estudantes em choque com a política no Japão, em 1968 |
Havia mais. No dia 15 de junho, uma multidão de cerca de 10 mil pessoas, a grande maioria estudantes, fecharam o centro de Tóquio em solidariedade às manifestações que haviam começado em maio na França. Novos choques, mais dezenas de feridos.
No dia 9 de outubro o protesto no Japão não foi exclusivamente estudantil. Aconteceu uma greve com duração de uma hora, da qual participaram cerca de 1 milhão de pessoas, reprimida pela polícia. Mais confrontos, mais feridos. Por fim, no dia 21 de outubro, 800 mil pessoas protestaram contra a guerra do Vietnã,. Resultado: mais repressão, mais feridos.
Como se vê, também no Japão 1968 foi tudo, menos um ano calmo. Calma, aliás, foi o produto mais raro naquele ano em que tudo aconteceu.
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