quarta-feira, 3 de outubro de 2012

No outro lado do mundo, Japão vive onda de protestos. Em 1968, claro!



Do outro lado do mundo (na perspectiva brasileira), 1968 também não foi nada calmo. Dando continuidade ao movimento que começou no ano anterior, o Japão viveu dias agitados no "ano dos protestos", principalmente por manifestações estudantis e seus confrontos com a polícia.

Estudantes em choque com a política no Japão, em 1968
Foi apenas o começo. Dia 11 de março, a mesma Zengakuren organizou grande manifestação em protesto à construção de um hospital norte-americano em Tóquio. Mais choques, desta vez com dezenas de feridos. Dezenove dias depois esse hospital é ocupado e novamente centenas ficam feridos com a desocupação a força.

Havia mais. No dia 15 de junho, uma multidão de cerca de 10 mil pessoas, a grande maioria estudantes, fecharam o centro de Tóquio em solidariedade às manifestações que haviam começado em maio na França. Novos choques, mais dezenas de feridos.

No dia 9 de outubro o protesto no Japão não foi exclusivamente estudantil. Aconteceu uma greve com duração de uma hora, da qual participaram cerca de 1 milhão de pessoas, reprimida pela polícia. Mais confrontos, mais feridos. Por fim, no dia 21 de outubro, 800 mil pessoas protestaram contra a guerra do Vietnã,. Resultado: mais repressão, mais feridos.

Como se vê, também no Japão 1968 foi tudo, menos um ano calmo. Calma, aliás, foi o produto mais raro naquele ano em que tudo aconteceu.


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