terça-feira, 18 de setembro de 2012

Nem a Alemanha escapou de 1968!!


 Herbert Marcuse in der FU Berlin, 1968 Cop: Presse- und Informationsamt der Bundesregierung

 

 
Herbert Marcuse was regarded as the "guru of the student movement".


Em 1968, pouco mais de 20 anos depois do final da 2ª. Guerra, a Alemanha vivia um período de prosperidade econômica. A Alemanha Ocidental, entenda-se, já que naquela época o país fora dividido em dois, em linha com a Guerra Fria que então vigia – a parte ocidental era “capitalista” e a oriental, “socialista”.

Pois bem, a Alemanha Ocidental vivia um período aparentemente calmo, sob os olhares precavidos de todo o mundo, dados os antecedentes das guerras mundiais que tiveram seu epicentro no país. Mas 1968 foi 1968 em todo o mundo e os alemães não ficaram de fora do furacão.

Como aconteceu em várias outras partes do mundo, os estudantes detonaram uma onda de protestos na Alemanha.  E a reação da polícia também, em linha com o que aconteceu em outros países, foi violenta. Resultado: a Alemanha Ocidental, que parecia imune à radicalização que se espalhava pelo mundo, também viveu um período de protestos.

Essa onda, que começou dois anos antes em protesto principalmente contra a presença de ex-nazistas em algumas funções do governo, alcançou seu ponto mais alto em maio de 1968,quando estudantes e sindicatos fizeram uma manifestação de 80 mil pessoas na capital Bonn. Houve repressão à manifestação, pessoas ficaram feridas. Mas as manifestações não conseguiram ganhar força, principalmente com a falta de união entre os estudantes.

O movimento, no entanto, deixou várias marcas. Uma delas foi uma lei aprovada quatro anos depois, que determinava o afastamento do serviço público de pessoas contrárias a princípios democráticos e de liberdade (numa clara alusão aos nazistas). A herança política também foi forte: vários ministros do governo de Gerhard Schroder, primeiro-ministro do país de 1998 a 2005, iniciaram carreira política como líderes estudantis da época.

E há quem garanta que o conservadorismo do atual Para Bento XVI ganhou impulso depois da reação deles às manifestações de estudantes em 1968, na Universidade de Tubingen, onde ele era professor de Teologia.

Nenhum comentário:

Postar um comentário