sábado, 17 de novembro de 2012

The "Summer of Belgrade" showed the weakness of the Iron Curtain. In 1968...


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Tito: the dictator smashed the protests 
without the soviet "help"
The Spring of Prague, in Czechoslovakia, was a landmark specially because it was the first wave of protests against the communist power, then represented by the Soviet Union. But just after that there were another protests in East Europe, that was under the domination of the soviets: in July, in Yugoslavia, there were a lot of protests that could be known as the Summer of Belgrade (the capital of the country, that does not exist anymore, like Czechoslovakia).

Protests started in Belgrade in the night of July the 2nd and were the first manifestation of this kind since the Second World War. Students from the Belgrade University went into a strike that lasted one week, asking for social justice (something that you could not imagine at that time, since the soviets used to say that their regime was a synonimous of "social justice"). They also distributed copies of the banned magazine "Student" and protested against the economic reforms.

The protests started to spread in the country. But the eternal "president" Josip Tito was quick and showed all his political hability: went to TV and said in a speech that the students were right. Even more, negotiated with students and said that would attend some of their demands.

This posture put the country in peace again. Tito did not do what he promised to -- students were pulled out of the universities and also from the communist party. But with the "help" of the police, there were no reply for the protests. And it was not necessary to appeal to the soviet troops that, in Czechoslovakia, smashed the protest with tanks.

So, the Summer of Belgrade did not succeed. But it was also an important signal that in 1968 there was no country out of the wave of protests, even in the "soviet world". In other words, the Iron Curtain (the designation for the soviet empire) was weaker than 1968!







Depois da Primavera de Praga, o Verão de Belgrado. Em 1968!



Josip Tito
Josip Tito: o ditador "driblou" os protestos

A Primavera de Praga ficou na história como um marco da tentativa de ruptura dos países do Leste Europeu em relação ao domínio da União Soviética. Foi em 1968, como era de se prever. Mas os protestos contra a situação política aconteceram também na extinta Iugoslávia. Foi o “Verão de Belgrado”.

Os protestos se iniciaram na capital iugoslava (Belgrado) e foram os primeiros movimentos de massa no pais desde a Segunda Guerra. Foi no começo do inverno, no dia 2 de julho de 1968, que estudantes da universidade de Belgrado entraram em uma greve que durou sete dias. Eles foram expulsos pela polícia, que também reprimiu outros movimentos que aconteceram, e se concentraram então na Faculdade de Filosofia, onde promoveram debates e discursos pedindo justiça social – algo até então não visto em um “satélite” da União Soviética.

Os estudantes iugoslavos, bafejados pelos ventos que vinham de Paris e de Praga, também passaram a distribuir a revista “Student”, que estava com circulação proibida. Além disso, protestaram contra reformar econômicas que tinham sido anunciadas pelo governo, e que teriam provocado aumento de desemprego.

Os protestos começaram a se espalhar pelo país, mas o presidente Josip Tito usou de sua habilidade política para evitar uma nova Primavera de Praga na Iugoslávia. Para isso, fez um discurso transmitido pela TV dizendo que os estudantes estavam certos e dizendo que atenderia a algumas das demandas dos universitários. Dessa forma, acalmou a situação do país. Mas não fez nada do que prometeu: expulsou líderes estudantis das universidades e do Partido Comunista. Também perseguiu professores que deram apoio aos protestos.

domingo, 11 de novembro de 2012

The Doors starts to change the story of rock. In 1968...



Morrison and his unique performance
It is hard to think about a rock show and do not remember "Live at Bowl", performed by The Doors in Hollywood, in July the 5th. The year? 1968, sure.

That presentation was remarkable for a series of reasons. The performance of Jim Morrison, vocalist and leader of the band, was one of them. Controversial, involved with alcohol and drugs, Morrison was a special singer not just because of his voice but also because of his interpretation -- intense until the limit.

The show "Live at Bowl" showed The Doors at its highest level of interpretation. All the people who were there at Hollywood Bowl could not take their eyes out of the stage. The show was considered even better because that was a period of contestation and The Doors was everything except a conventional rock band.

After "Live at Bowl" the fame of The Doors and specially of Jim Morrison grew dramatically. The band started to be considered as one of the most important in the rock history.

Unfortunately, Morrison died in 1971, in Paris. It was predictable that this could happen, taking in consideration his style of life. But The Doors did not survive more than two years without him.

Anyway, The Doors and Morrison became an important reference of tha period. Thanks to a show that happened... when?... You guess!

The Doors detonam com tudo! Em 1968!



No dia 5 de julho de 1968, ou seja logo em seguida ao Dia da Independência dos Estados Unidos, um show marcou a história do rock: os Doors fizeram uma apresentação em Hollywood, chamada "Live at Bowl". A banda já existia há mais de dois anos, mas foi esse show que marcou sua ascensão a uma das maiores bandas de rock de todos os tempos.

The Doors era formada por quatro músicos, mas o grande destaque era Jim Morrison, o vocalista que com suas interpretações originais e seu comportamento, digamos, pouco convencional, atraía milhões de fãs. Nesse show no Hollywook Bowl a performance de Morrison foi especialmente inspirada e levou o público à loucura.

Para usar um termo da época, foi um show "psicodélico", ou seja, nada convencional, principalmente pelas interpretações inspiradas de músicas como "Hello, I Love You" e "When the Music is Over".

A partir desse show, The Doors ganhou fama e popularidade, apesar (ou, talvez, também em consequência) das constantes polêmicas causadas por Jim Morrison, que enfrentava problemas com alcoolismo e uso excessivo de drogas, mas era uma pessoa com inteligência e sagacidade muito acima da média, além de ser um artista especial.

O show de 1968 fez crescer muito a idolatria pelo The Doors, principalmente em uma época em que a rebeldia fazia muito sucesso. Morrison continuou envolvido em todo tipo de polêmica, aumentou ainda mais seu consumo de álcool e drogas e morreu em 1971 em Paris. A banda continuou por mais dois anos mas não se manteve sem seu vocalista e líder.

The Doors entrou definitivamente para a história do rock a partir daquele show. Em 1968, como seria de se esperar.

Em tempo: foi lançado neste ano de 2012 DVD do show histórico do The Doors em Hollywood em 1968.




domingo, 4 de novembro de 2012

Dictatorship, yes. But the press showed its guns in Brazil. In 1968!




As we said in a previous post in this blog, 1968 was the "official installation" of dictatorship in Brazil, trhough the annnouncement of "AI-5", a text that stablished that almost all was prohibited from that date (December 13th) on.

Well, the long night of terror was then installed in the country for almost 20 years and one of the main restrictions was the censorship to the press.

The violent decision shocked the country. But since the beginning the press showed that it would be a hard work to the government to "punish" the readers with no news "against" the militar power.

Already in December 14th, a few hours after the announcement of AI-5, "Jornal do Brasil", one of the most important Brazilian newspapers at that time, showed clearly that "OK, we will live with censorship but this will not be easy for them". Although the front-page was censored, some things were not noticed by the government officials.

At the front-page, in the upright, a note said just that: "Yesterday was the Blind's date". The weather report also at the front-page was different from the usual. It was summer in Brazil but the text was:


"Dark weather. Stifling temperature. The air is breathless. Strong wind devastates the country."

Despite the obvious messages, the censorship let this texts appear at the front-page of one of the most important Brazilian newspapers.

So the country was informed about the dictatorship but at the same time noticed that the control would not be total. Typical of 1968, huh?




A Censura à Imprensa já começa sendo enganada. Em 1968!



O AI-5, que instaurou oficialmente a ditadura militar no Brasil em 13 de dezembro de 1968, foi o início de uma longa noite de violência e repressão (conforme visto em post anterior neste blog).

Entre as muitas "mágicas" do AI-5 figurou a censura férrea à imprensa. Todos os principais jornais do Brasil passaram a ser censurados, assim como outros meios de comunicação como rádio e TV.

Esse ato de violência ajudou, no entanto, a incentivar uma onda de criatividade na Imprensa escrita, na tentativa de driblar a censura. E essa onda começou já no dia 14 de dezembro, quando os jornais anunciaram o AI-5. Naquele dia, o "Jornal do Brasil", editado no Rio de Janeiro e um dos mais influentes da época, mostrou de maneira clara que a censura não teria dias fáceis.

A manchete do jornal, que foi às bancas censuradíssimo, anunciava as medidas de exceção (que se tornaram regra) anunciadas pelo governo na época. Mas a criatividade ficou clara nas poucas linhas da primeira página.


Primeiro, o canto superior direito da capa do JB mostrava: "Ontem foi o dia dos cegos".

Além disso, no canto superior esquerdo, a tradicional previsão do tempo tinha um texto, digamos, pouco usual, que dizia:

"Temperatura sufocante. O ar está irrespirável. O país está sendo varrido por fortes ventos. Máxima de 38 graus no Brasília e mínima de 5 graus nas Laranjeiras". Cabe esclarecer que Laranjeiras é o bairro do Rio em que ficava um dos palácios do governo, e no qual houve a reunião que decidiu pelo Ato Institucional e o anúncio do AI-5.

Apesar da obviedade de que não se tratava de uma "previsão do tempo" nos moldes tradicionais, a censura não "captou" a mensagem embutida no texto.

O jornal foi para as bancas no primeiro dia de censura com uma crítica ao AI-5 que passou ilesa pelos censores.

Ou seja, a censura foi driblada logo no primeiro dia em que se impôs, mostrando que seria férrea mas não lá muito inteligente.

Tudo isso em 1968, como seria de se imaginar!