sexta-feira, 31 de agosto de 2012

The moon was near as never before. In 1968!





EARTH ABOVE HORIZON OF THE MOON, SEEN FOR THE FIRST TIME





The man stepped on the Moon for the first time in 1969. But in 1968 became clear that be in the Moon was just a matter of time.

The Apollo 8 mission was responsible for this feeling that Moon was near to the mankind. In December three American astronauts came as close as never to the Moon. The spacecraft navigated in the lunar orbit for the first time and showed images through TV and photos of the Moon and of the Earth.

The mission was decided in a hurry. At that time the space was one of the main places were US and Soviet Union was fighting in the Cold War battle. It was a priority for both to be the first to arrive in the moon. And soviets seemed to be leading this battle since 1961, when Yuri Gagarin was the first man sent to space.

But US decide the Moon should be its main victory. And decided to send quickly, in December of 1968, the Apollo 8 mission with three astronauts: Frank Borman, James A. Lovell and William A. Anders. Despite of the run, the mission was a big success -- the images of the Moon so close and of the Earth so far attracted people all over the world with records of audience for the TV for example.

The images were beautiful and also sent two messages: the US took the leadership in the "battle of the space" and the Moon was close, very close.

It was a landmark. And happened in 1968, as usual...






Image of Lunar Surface from Apollo 8 Live Television Transmission

A Lua pronta para ser conquistada. Em 1968.





left-click to view a 41KB version

                                         A Terra vista da Lua pela primeira vez. Em 1968.

O mundo todo parou em 1969 para ver o homem pisar pela primeira vez pisou na Lua. Mas em 1968, no Natal, os primeiros seres humanos navegaram em torno da Lua e enviaram fotos do solo lunar. Mais ainda, foram os primeiros a abandonar a órbita terrestre.

Ficou claro, naquela missão da nave Apollo 8, que o homem estava prestes para pisar na Lua. Os três astronautas da missão (William Anders, Frank Borman e James Lovell) enviaram fotografias da Terra vista da Lua que tiveram impacto na opinião pública e deixaram claro que a "conquista" do satélite estava próxima.

E a missão da Apollo 8 nem deveria ter acontecido. Em 1968 havia acirrada disputa entre Estados Unidos e União Soviética para mostrar primazia na "conquista" do espaço. Os soviéticos pareciam estar à frente, com sucessivos feitos como o envio do primeiro astronauta ao espaço (Yuri Gagarin, em 1961).

Os Estados Unidos tomaram a decisão de tomar a frente na conquista da Lua. Para isso, usaram a ousadia -- lançaram a Apollo 8 no final de 1968, numa missão que foi considerada temerária pela rapidez com que foi implementada já que a prioridade era superar os soviéticos.

Apesar do risco, tudo deu certo para os americanos. A missão foi um sucesso, mostrou como a conquista da Lua estava próxima e os Estados Unidos venceram essa batalha.

A missão foi acompanhada pela televisão por uma audiência mundial recorde até aquela época. Todos puderam ver ao vivo (e em alguns países a cores) que a Lua tinha deixado de ser algo distante e inalcançável.

Foi em 1969 que o homem pisou na linha. Mas foi em 1968 que ficou claro que a conquista viria. E logo.



Esta missão não estava planejada inicialmente, mas foi escalada na última hora para evitar que os soviéticos fossem os primeiros a levar homens a circum-navegar a Lua. Esta possibilidade era iminente pois os soviéticos acabavam de ser bem sucedidos em circum-navegar a Lua, em missões Zond não tripuladas.
A missão tinha um componente de risco já que, pelo cronograma alterado, o Módulo Lunar não havia sido ainda terminado. Como o motor do Módulo Lunar servia como motor reserva para o retorno a Terra, caso o motor principal falhasse, eles teriam apenas uma chance de retornar da Lua. Tudo correu bem, e a missão foi um sucesso, colocando os EUA pela primeira vez a frente da URSS na corrida pela conquista da Lua, já que as missões Zond tripuladas foram atrasadas por problemas no programa espacial soviético (estas missões jamais ocorreriam).
O sucesso desta missão, acompanhada pelo maior número de pessoas até então ao redor do mundo, pavimentou o caminho para a Apollo 11 e o pouso na Lua no ano seguinte.

sábado, 25 de agosto de 2012

Na Itália, uma batalha em que os estudantes comemoram vitória. Mas será?

Quando se fala de 1968 imediatamente vêm à mente a Primavera de Praga, Maio em Paris e, para os brasileiros, a Passeata dos Cem Mil. Mas a onda de protestos que o mundo viveu naquela ano único foi bem mais abrangente.

Na Itália, por exemplo, aconteceu uma onda de protestos estudantis que culminou com a "Batalha de Valle Giulia". No dia 1o. de março centenas de estudantes invadiram a Faculdade de Arquitetura da região para retomar o prédio que tinha sido tomado pela polícia um dia antes.

Com o uso de pedras e outros objetos, os estudantes entraram em confronto com os policiais e o resultado foi assustador: mais de 600 pessoas feridas. Ninguém morreu, principalmente porque os policiais não estavam armados. Mas o confronto foi violento e chocou a opinião pública da Itália e da Europa.

Cena da batalha: quem ganhou?
O resultado do confronto foi a retomada do prédio da faculdade pelos estudantes. Eles comemoraram a "vitória" sobre a polícia. Mas muito dessa comemoração perdeu força quando, em junho, o famoso cineasta Pier Paolo Pasolini, conhecido simpatizante da esquerda, escreveu artigo afirmando que sentiu pena dos policiais "porque a maioria deles tinha origem nas classes mais pobres", enquanto os estudantes faziam parte da "burguesia".

Ficou a dúvida: a Batalha de Valle Giulia foi mesmo uma vitória dos estudantes?

Como vários outros fatos de 1968 essa pergunta não tem uma resposta definitiva até hoje. Ou seja, foi mais um episódio típico daquele ano como nenhum outro...








In Italy, a battle that was considered a victory by the students. But did they really win?


Yes, Italy had also an important presence in 1968. At March 1st of that unique year a student protest at that city, the seat of a faculty of architeture, resulted in a shock with the police that the day before expelled students from the school as a reponse to a prior protest.

The shock received the name of "Battle of Valle Giulia" with some 4,000 students attacked the policemen with stones and other objects. The police counterattacked and the result was more than 600 people wounded, most of them studentes. During the fight eight police vehicles were burned.

The students invaded the hall of the faculty and told the policemen there to leave. And they just did it. For the surprise of the leaders of the manifestation, the students had no resistance inside the faculty, besides all the shocks out of there.

As a result, the invasion was considered a victory by the studentes. But the public opinion was shocked with the violence. And the "victory" was considered a "lost game" in June whenr Pier Paolo Pasolini, the famous filmmaker,  wrote for the students: "When yesterday at Valle Giulia you and the policemen were throwing blows, I sympathized with the policemen! Because policemen are sons of the poor, they come from urban or rural outskirts." Pasolini considered that the students belonged to the bourgeoisie.

Was Pasolini wrong? It is hard to say. Like a lot of things that happened in 1968 there is not a simple answer for this question.

SCENES OF THE BATTLE OF VALLE GIULIA


 














 
 

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Teatro invadido, atores espancados... Era o prenúncio do AI-5!



O Brasil, como o restante do mundo,vivia um momento de contestação em 1968. Manifestações de protesto eram frequentes e a contestação ao regime militar foi se tornando cada vez mais explícita.

Foi nesse ano que a peça "Roda Viva", de Chico Buarque de Hollanda, foi montada pela primeira vez. Chico já era na época um ídolo consagrado da música e era tido como "bom moço". Mas a peça mostrou o oposto -- criou muita polêmica ao contar a história de um cantor que torna-se famoso e depois vê seu sucesso diminuir (qualquer semelhança com Chico Buarque não era mera coincidência).

A encenação da peça chocou o público. Os atores diziam muitos palavrões, havia cenas de nudez, referências pouco elogiosas à Igreja Católica. Era contestação a quase tudo. Foi um escândalo que chocou o público mais conservador, embora a peça fosse um sucesso de público.

Além de chocada, a direita resolveu agir. E a reação chegou ao ponto máximo quando um grupo de pessoas que se dizia do CCC (Comando de Caça aos Comunistas) que assistia à peça subitamente se levantou de seus lugares, invadiu o palco, espancou atores e destruiu o cenário.

Não foisó. O grupo obrigou ainda atores como Marília Pera, que estava em início de carreira, e Rodrigo Santiago a saírem nus pela rua. Armados de revólveres e pedaços de madeira, os membros do CCC fizeram questão de deixar claro que agiriam com violência quando incomodados.

A peça foi montada depois em Porto Alegre, mas os artistas voltaram a ser agredidos e "Roda Viva" deixou de ser apresentada.

A reação violenta do CCCmostrou que a direita não estava passiva. Foi um sinal do que viria em dezembro: o AI-5, uma espécie de oficialização da ditadura, com restrições e proibições a quase tudo.


Em 1968, é claro.

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

A QUEDA DOS "HERÓIS DA RESISTÊNCIA". EM IBIÚNA!


Em outubro de 1968 o Brasil, como o restante do mundo, viva sob tensão. Muitas manifestações tinham acontecido contra o governo de então no País,  com forte repressão da polícia, reproduzindo o que vinha acontecendo em muitas outras partes do mundo.
E eis que, apesar de todos esses pesares, a então forte e mobilizada União Nacional de Estudantes resolveu fazer um congresso, contrariando a legislação de então. O local escolhido foi a pequena cidade de Ibiúna, próxima de São Paulo mas com nada mais que 5 mil habitantes.
A UNE optou por realizar o congresso em um sítio que ficava no município, para ficar longe dos olhos da polícia, que àquela época parecia ter milhões de olhos. Mas foi um desastre – a organização foi falha, os estudantes deixaram vários “rastros” de que algo anormal acontecia naquele sítio, despertando a desconfiança dos vizinhos.
Um deles avisou a polícia e o resultado foi que quase mil estudantes foram presos de uma só vez, em uma grande operação policial. A cena da prisão em massa mostrou claramente que a repressão era para valer. Ainda mais porque entre os presos estavam os três principais líderes estudantis da época: Luís Travassos, Vladimir Palmeira e José Dirceu (ele mesmo!).
Foi  um choque para a opinião pública, ainda mais porque os três eram procurados pela polícia havia meses e vinham conseguindo burlar os sucessivos cercos policiais – o que os elevou à categoria de “heróis da resistência”.
Tudo isso acabou com o fim prematuro do congresso de Ibiúna. José Dirceu chegou a prever na época da prisão que em um mês tudo seria resolvido e o congresso da UNE aconteceria em outro local.
Ledo engano. O trio de líderes estudantis ficou preso no Presídio Tiradentes, na capital paulista.
O episódio serviu para trazer à luz os três líderes estudantis que viviam se esquivando da polícia. Mas marcou mesmo para a opinião pública como uma demonstração inequívoca de que o governo usaria mão de ferro contra a contestação. Postura que ficou explícita de uma vez dois meses depois, em dezembro, quando o AI-5 “instaurou oficialmente” a ditadura.
Em 1968, é claro!







ESTUDANTES SÃO LEVADOS EM CAMINHÃO DO EXÉRCITO PARA A PRISÃO EM SÃO PAULO

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Violência na convenção Democrata em Chicago. E a maioria dos americanos apoiou...



A convenção do Partido Democrata em Chicago, nos Estados Unidos, em agosto de 1968, foi tudo menos tradicional. Realizada depois dos assassinatos de Martin Luther King, em abril, e de Robert Kennedy, em junho, e precedida por uma crescente onda de protestos contra a guerra do Vietnã, a convenção foi marcada pela violência no confronto entre a polícia e manifestantes.

Na véspera da convenção ficou claro que aquele não seria um evento como tantos outros. Um confronto transmitido ao vivo pela TV em rede nacional chocou a opinião pública. Os policiais reprimiram os manifestantes com cassetetes e bombas de gás lacrimogênro e tiveram como resposta um chuva de pedras. O maior confronto durou cerca de 20 minutos, e foi todo transmitido pela televisão.

Calcula-se que ao todo havia 10 mil manifestantes e 27 mil policiais. No dia mais violento, quase 600 pessoas foram presas e mais de 200 ficaram feridos, entre policiais e manifestantes.


Os confrontos continuaram durante os três dias da convenção. O gás lacrimogêneo foi tão utilizado que chegou a se espalhar e incomodou até Hubert Humphrey, da ala mais conservadora dos Democratas, que acabou sendo o candidato do partido na eleição presidencial -- e foi derrotado pelo ainda mais conservador Richard Nixon.

Pesquisas realizadas depois da convenção mostraram que a maioria dos americanos apoiou a repressão da polícia às manifestações. Foi um prenúncio do que aconteceria na eleição. Apesar de toda a onda de protestos que levou milhões às ruas, os norte-americanos elegeram o candidato mais conservador.

Nenhuma surpresa. Estávamos em 1968...


Abaixo, cartaz distribuído antes da convenção que dizia ironicamente: "Democratas, bem-vindos a Chicago"...




Scenes of riots in Chicago - During the Democratic Convention. In 1968, as usual...


Click the link below and see scenes of violence in Democratic Convention in Chicago. In 1968, of course.

http://www.youtube.com/watch?v=vD_amsSsg78&feature=related

Riots in the Democratic convention. And most of American people supported the police...



The Democratic Convention in 1968 was everything but a normal and calm event. The convention took place in Chicago and just like everything at that year was turbulent and notorious.
The convention started at August 29, after the assassination of Martin Luther King (April) and Robert Kennedy (June), who was the favourite for the nomination.
In an environment like this and with a lot of demonstrations all over the country the convention started and ended with riotsbetween demonstrators and the local police. The violence also caught journalists like Dan Rather and Mike Wallace, very popular ate the United States at that time.
One day before the inauguration there was a lot of violence with 10,000 protesters facing the police. The use of tear gas was so intense that it invaded even Hubert Humphrey room in Hilton Hotel. Humphrey was later nominated as the Democratic candidate and lost for Richard Nixon.
The TV showed the riots and the violence shocked the public. The police beated people that in response threw rocksand chunks of concrete. In August 28 all the confrontation was transmitted by national TV during almost 20 minutes.
The violence remained until the end of the convention. And even with the criticism about the police violence, polls demonstrated that most of the Americans supported the repression.
It was a kind of a trailer of what was going to happen later during the election. Besides all the protests of million of people Richard Nixon won the election.
In 1968, everything seemed to be a surprise...



domingo, 19 de agosto de 2012

1968 - A MANCHETE DESMENTIDA



No dia 27 de outubro de 1968 a Folha de S. Paulo estampava em sua manchete: o ministro da Justiça, Gama e Silva, negava que o governo estivesse cogitando instalar o estado de sítio.

Menos de dois meses depois, veio o AI-5, que só diferia do estado de sítio no nome (e talvez por ser ainda mais rigoroso).

Nesse ponto 1968 seguiu a regra -- não dá para acreditar no que o governo fala!

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

The regime started to lose its shame. In the Brazilian theater. In 1968.


In 1968, the Brazilian theater lived a period of protests, like all the planet.
At that year, Brazil lived in a “shy dictatorship”. Militars were in the power since 1964 but allowed some kind of contestation to the regime.
But the environment was tense. And became even more tense when the play “Roda Viva” was launched in a theater in São Paulo.
The play was the first from Chico Buarque de Holanda, who until the play was a music idol considered as a “good guy”. But the play was everything but soft – it was a contestation with criticism to almost everything, from religion to sex repression, from the TV and its idols to the government. There was a lot of “bad words” and some nude scenes.
The play became a success when was launched but also provoked protests from the “right wing”. With the play, this right started to show its strength and hate.
This hate exploded during a presentation of “Roda Viva”. A group of 100 people who was seated watching the play suddenly woke up, invaded the stage and started to beat up the artists. The scenario was destroyed. The group, called Comando de Caça aos Comunistas (something like Anti Communists Command), declared with proud that they promoted the aggression.
The action became a symbol of the reaction of the government. The dictatorship started to lose its “shame”. And in December of 1968 the regime showed its real face installing a dictatorship, real, violent and with no shame.
In 1968, of course…

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

In Mexico, a massacre that nobody can forget!



Mexico also experienced a traumatic experience year in 1968. In October 2nd, thousands of students protested in the city of Tlatelolco and the result was a tragedy: between 300 and 500 people were assassinated by the Army and the police in their repression to the manifestation.
The country was seen a not very common student movement at 1968 with protests that were becoming bigger and bigger since the beginning of the year. Few days before the inauguration of the Olympic Games that took place in Mexico City, 15,000 people participated of a big manifestation against the educational system, first, and protesting against almost everything after that.
The police and the Army were just looking at the manifestation until the end of the afternoon. Then, suddenly, started to shoot against the crowd. The target was everybody, including children that were in the square. Humdreds of people were dead and thousand of students were jailed. Many disappeared.
But the responsible for the massacre remain unknown, forty-four years late. The president of Mexico, Gustavo Diaz Ordaz, said years later that he was the only responsible and that he did it to contain the “red wave” (communist movement).
The guilds remain officially unknown. But everybody knows who are them.
A lot of different things happened in 1968, even in Mexico. And they are still important today. Like the Tlatelolco massacre.

The Tlatelolco Massacre
Photo taken of the scene in Plaza de Las Tres Culturas by an unknown government photographer

O massacre de Tlatelolco choca o México!




País de pouca tradução de contestação nas ruas, o México não ficou imune a 1968. No dia 2 de outubro daquele ano, uma grande manifestação estudantil resultou num massacre em que a política teria matado no mínimo 300 pessoas.

A poucos dias do início das Olimpíadas na Cidade do México, aconteceu uma grande manifestação estudantil contra o sistema de ensino. As greves de estudantes vinham acontecendo há pelo menos dois meses, e naquele dia milhares de estudantes tomaram várias ruas da cidade, tendo companhia de trabalhadores. As manifestações tiveram seu ponto alto em Tlatelolco, na Plaza de las Tres Culturas.

O exército e a polícia acompanharam as manifestações até o final da tarde. Mas a partir daí o massacre começou – carros blindados e tanques passaram a atirar contra a multidão, atingindo manifestantes mas também populares que estavam no local (inclusive crianças).

A ação militar não parou por aí. Vários policiais passaram a noite invadindo edifícios e casas próximas ao local da manifestação.

Em 1969, o presidente do México em 1968, Gustavo Dias, disse em depoimento no Congresso que era o único responsável pelo massacre, que atribui à necessidade de conter “hordas vermelhas”. O ministro do Interior na época da chacina, Luiz Echeverria, foi acusado de cúmplice do genocídio em 2006, mas logo depois as acusações foram suspensas.

O que ficou mesmo foi um massacre nunca antes visto na história do México. E o mundo levou mais um susto em 1968...

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

1968 - There was no Cannes Film Festival. But even so...




1968 was such a year that we did not have then the most important film festival (the Cannes Film Festival). It was scheduled to happen in May -- May, France, 1968 all that meaning everything but a calm environment.

The festival, that supposed to be the 21th, had just its first session. During the exhibition of the first movie, from the Spanish Carlos Saura, the session was interrupted by a group of directors like Jean-Luc Godard and Claude Lelouche, that got on staged and declared that the festival was to end "in solidarity with workers and students" that were protesting across France.

The organization of the festival tried to convince them to let it continue but it was in vain. The protests spread across Cannes, four members of the jury quit and the festival was cancelled.

A lot of people supposed that it as the end of the Cannes festivals. They were wrong. In 1969 the festival was back and never sttoped again. And the 1969 Cannes Festival was like a reproduction of the year of 1968 in the screen. The films showed then were different, remarkable, like "Z", "If", Easy Rider"...

So we could say that there was no Cannes Film Festival in 1968. But we can say also that 1968 was shown in the festival of 1969...

1968 was really incredible, wasn't it?

1968 - O ano em que Cannes não existiu!

Nem o Festival de Cannes, o mais famoso evento de cinema do mundo, escapou de 1968. Naquele ano, embora tenha sido iniciado, o festival simplesmente não acabou.

Realizado em maio de 1968, mês em que Paris fervilhava com dezenas de manifestações, o festival já começou tumultuado. Desde o início do ano cineastas e estudantes de cinema estavam mobilizados, discutindo e criticando os filmes que se faziam na França, considerados excessivamente conservadores. Quando o Festival de Cannes começou, esse clima de protesto estava presente -- e como!

No primeiro (e último) dia do festival, estava programada a exibição de um filme do diretor espanhol Carlos Saura. A 21a. edição do festival começaria, assim, com a exibição de um filme de cineasta que também aderira à onda de protestos. Mas não foi suficiente: mal começou a sessão, um grupo de cineastas, com Jean-Luc Godard à frente, subiu ao palco, as cortinas foram fechadas e a exibição, interrompida.

O tumulto se instaurou. O diretor do festival tentou contornar a situação, mas foi em vão. Até Carlos Saura manifestou-se na sala de exibição a favor da interrupção. Em vez de assistir ao filme, passou-se então a debater cinema, França, opressão, conservadorismo, liberdade... Os debates fervilhavam entre os cineastas. Quatro pessoas que faziam parte do júri renunciaram. O festival parou. Para nunca ser retomado.

Parecia ser o fim do Festival de Cannes. Mas não -- em 1969 ele foi retomado, com a particpação de filmes que refletiam o clima de protesto de 1968, como "Easy Rider", "If", "Z" e o brasileiro "Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro", de Glauber Rocha.

O maior festival mundial do cinema simplesmente foi suspenso (na marra) em 1968. Mas não é de se estranhar...

sábado, 4 de agosto de 2012

My Lai massacre in Vietnam shocked the U.S. In 1968...





The Vietnam war became the target of thousand of protests in 1968. As we have seen in a prior post in this blog, in the beginning of that year the Offensive of Tet created a wave of protests against the war.

But another fact happened in 1968 in Vietnam that caused a lot of manifestations agains the war: the My Lai massacre.

In March 16th of that year American soldiers invaded the hamlets of My Lai and My Khe.They received the information that some vietcongs (guys from South Vietnam involved in guerrilas) were hidden there. The result of the invasion was tragic: hundreds of people, all of them civilian, were killed and most of them were women, children and elderly people. And some of the women were raped prior to the killings.

The scenes of the victims showed by the media shocked the world, mainly the American public opinion (see two photos below). As a consequence of the massacre 26 U.S. soldiers were charged. But only William Calley, lieutenant and leader of the platton, was convicted.

The "punishment" of Calley also caused protests -- he was givena life sentence but the president Richard Nixon decide to release him pending appeal of his sentence. As a result William Cally just served 3 years under house arrest. He is still alive.

All this situatuion caused global outrage as it became public, one year later.

One more fact in 1968 shocked the world. But there was too much more to come.



Dead bodies outside a burning dwelling.


Dead man and child killed during the massacre 

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Massacre no Vietnã choca o mundo. Em 1968, é claro!

O Vietnã assustou o mundo no início de 1968 com a ofensiva do Tet (leia post sobre o assunto neste blog). A opinião pública, principalmente nos Estados Unidos, começou a ver, com essa ofensiva, que a situação dos EUA no Vietnã estava longe do discurso triunfalista até então adotada pelo governo.

Mas aconteceriam outros choques naquele ano em relação ao Vietnã. No dia 18 de março, tropas americanas perpetraram o que ficou conhecido como Massacre de My Lai. No local, um grupo de soldados dos EUA estuprou e matou centenas de vietnamitas, todos civis, incluindo crianças.

Soldados americanos tinham recebido a informação de que a aldeia de My Lai estava servindo de refúgio para guerrilheiros vietcongs. Então, um pelotão invadiram a aldeia, sob o comando do tenente William Calley. Foi uma ação rápida e devastadora -- calcula-se que em menos de quatro horas o pelotão estupraram e mutilaram mulheres, mataram homens, eliminaram criança, queimaram choupanas e não pouparam nem animais.

O balanço da ação: 504 mortos, a maioria idosos, mulheres e crianças. Nenhum deles estava armado.

Apesar de suas trágicas dimensões, o massacre só foi denunciado um ano depois, por soldados. Fotos de vítimas foram divulgadas pela imprensa (veja uma delas abaixo). Com a revolta da opinião publica, 25 soldados foram indiciados por crime de guerra. Apenas o tenente William Calley foi condenado, pegando prisão perpétua -- mas foi perdoado dois dias depois pelo presidente Nixon.

Calley ainda é vivo e mora nos Estados Unidos com um filho.

E o massacre tornou-se um dos maiores motivos para os protestos contra a guerra do Vietnã, que começou a acabar naquele inesquecível 1968!



Homem e criança assassinados. em My Lay.